Postado em 19 de maio de 2024
Nova medida da Prefeitura facilita acesso e promove inclusão
No último sábado (18), a Clínica da Mulher em Gravatá foi palco de um momento significativo de fortalecimento de vínculos e acolhimento para mulheres trans. Durante o evento, foi anunciado que o tratamento hormonal de transição de gênero, anteriormente disponível apenas em Caruaru ou Recife, agora será oferecido no município. Essa mudança representa um avanço significativo na inclusão e no cuidado com a saúde da população trans local.
A novidade foi recebida com entusiasmo pelas participantes, que destacaram a importância da medida para a melhoria de suas vidas. Com a oferta do tratamento hormonal em Gravatá, serão eliminados problemas como os altos custos de deslocamento e os riscos associados à automedicação com doses inadequadas. A ação demonstra o compromisso da Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, em fornecer serviços de saúde de qualidade para todos os cidadãos.
A iniciativa reflete a preocupação da gestão municipal em promover a igualdade e o bem-estar de toda a população. Ao facilitar o acesso ao tratamento hormonal, Gravatá dá um passo importante na construção de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora, onde todos os cidadãos possam ter suas necessidades de saúde atendidas de forma segura e eficaz.
A vendedora Paola Bracho é mulher trans e será uma das usuárias beneficiadas com esse tratamento e ela celebra: ”Sou de Caruaru, cheguei aqui em Gravatá ontem, estou morando aqui e eu me sinto abraçada, porque aqui em Gravatá vai ter terapia hormonal para nós mulheres trans, transexuais, travestis, então vai ter esse apoio, esse abraço. Agradeço ao estado e à Prefeitura de Gravatá que aceita todas e todos como são. É um prazer enorme morar aqui e fazer uso dessa terapia hormonal.”
Romylli Thailla é mulher trans e técnica de enfermagem da Clínica da Mulher. Ela destaca que ”os hormônios já estão liberados. A gente vai começar com os atendimentos, porque cada medicação tem seu tempo, sua quantidade, precisamos dos exames adequados, cada paciente, cada organismo reage de uma forma e tudo isso tem que ser de acordo com prescrições médicas. Vamos começar com atendimentos médicos e ambulatoriais, fazendo exames para dar inicio à quantidade correta para cada organismo.”
Tamires Lopes, médica ginecologista da unidade, detalha sobre o atendimento e a oferta de tratamento hormonal. ”A ideia do serviço é a gente implementar tanto o uso do hormônio quanto o atendimento desse público, porque infelizmente hoje a gente ainda não tem um atendimento como deve ser feito. A ideia é a gente poder atender todo o público LGBTQIA+ e iniciar também a oferta de hormônio tanto para homens trans como para mulheres trans.”
Waleria Cuica, coordenadora da Clínica da Mulher, fala sobre o atendimento humanizado. ”Viemos trazer um atendimento mais humanizado. Esse era um projeto que deveria ter sido iniciado há quatro anos, mas não teve êxito e quando eu assumi há sete meses colocamos em prática o atendimento humanizado com as pessoas trans, tanto as mulheres quanto homens. Conseguimos medicamentos, todos os exames hormonais e equipe multidisciplinar para o melhor atendimento.”
Reportagem: Filipe Vasconcelos (SECOM)
Fotos: Nilson Silva (SECOM)
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