Postado em 18 de julho de 2023
Com o passar do tempo, essas manifestações culturais perderam espaço no palco principal das festas da nossa cidade.
A nossa cidade sempre foi um celeiro cultural valoroso e de grande reconhecimento em Pernambuco. O auge da nossa cultura se deu entre as décadas de 1970 e 1980, onde havia em Gravatá: Pastoris, Bandas de Pífano, Grupos de Frevo, Ciranda, Bumba-Meu-Boi, entre outras manifestações folclóricas, as quais faziam cintilar as noites de festejos, trazendo encantamento aos visitantes e muito orgulho para os gravataenses, que se enchiam de contentamento em mostrar as nossas raízes culturais.
Com o passar do tempo, essas manifestações culturais perderam espaço no palco principal das festas da nossa cidade. E isso fundou por causar a falta de interesse das novas gerações em dar continuidade a essas tradições, pois o que não é ensinado se cai no esquecimento. Um “bom” exemplo disso, é o silêncio triste da Feira de Gravatá, onde não mais se ouvem os Repentistas, os Emboladores e até mesmo não se encontram mais as bancas com a Literatura de Cordel à venda.
A arte e a cultura estão presentes em todos os cantos da cidade. Há artistas de talento e valor espalhados em todos os bairros, buscando uma oportunidade para mostrar os seus talentos. Precisamos resgatar esses talentos e para isso, basta a Secretaria de Cultura criar um programa onde esses artistas sejam abraçados e valorizados. Vamos seguir o exemplo que vem do Recife e criar um centro cultural onde possa existir uma exposição permanente de pinturas, esculturas, artesanato e apresentações folclóricas, como as citadas acima, para que o turista que vem a Gravatá tenha um atrativo cativante, o qual mostre a nossa cultura de verdade e faça esse mesmo turista voltar e nos referenciar.
O Mercado Cultural de Gravatá, que outrora era um espaço voltado para a Cultura de Gravatá e que acabou por perder a sua identidade, pode ser repaginado e transformado em um centro de excelência para a cultura e para o folclore, a exemplo da Casa de Cultura e o Centro de Artesanato de Pernambuco, no Recife, os quais são passagens obrigatórias para os turistas. Isso já será um bom começo. O palco do Mercado Cultural precisa ser ocupado pelos grupos folclóricos locais. Chega de tanto barulho e banheiro imundo!
Precisamos resgatar a nossa identidade cultural, pois a cultura de um povo tende a ser eterna. Caso contrário, Gravatá continuará a ser apenas uma cidade-dormitório para os turistas que HOJE estão preferindo aproveitar o turismo em Serra Negra, em Bezerros e em Bonito. Estamos perdendo espaço para essas duas cidades, que juntas, não chegam à metade de Gravatá.
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