Postado em 02/01/23
Quase 200 anos mais tarde e depois de tantas revoluções, Pernambuco elegeu duas mulheres para governar o Estado: Raquel Lyra, Governadora, e Priscila Krause, Vice-Governadora.
Em 1859, o Imperador Dom Pedro II, a imperatriz Dona Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias e suas filhas, visitaram Pernambuco e se hospedaram no que hoje é a Sede do Governo Estadual. Na ocasião, as filhas do Imperador brincaram nos jardins do palácio, o que acabou por receber o nome de Campo das Princesas, inicialmente dado ao jardim, depois estendendo-se a denominação ao Palácio.
Quase 200 anos mais tarde e depois de tantas revoluções, Pernambuco elegeu duas mulheres para governar o Estado: Raquel Lyra, Governadora, e Priscila Krause, Vice-Governadora. De forma simbólica, podemos afirmar que seria a volta das princesas ao palácio, mesmo que neste caso atual seja de forma inédita. Mais uma vez, Pernambuco rompe barreiras e abre espaço para o novo, para as novas ideais e para a competência feminina, fazendo jus ao seu codinome histórico de Leão do Norte!”
Os desafios a serem enfrentados por essas jovens senhoras são imensos, pois apesar da industrialização, à qual o Estado vem implementando os seus rumos econômicos nas últimas décadas, a desigualdade econômico-social ainda é gritante.
Um “bom” exemplo disso, são as “Capitanias Hereditárias Sociais”, às quais o Recife vêm sendo cercado por todos os lados. Ou seja, de um lado da rua podemos ver edificações altíssimas e de alto padrão, ao passo que do outro lado, as favelas se proliferam de forma desenfreada, devido ao êxodo interiorano rumo à capital em busca de oportunidades.
Como em um efeito dominó, esses contrastes sociais trazem consigo: a marginalidade, a fome, a pobreza e a exclusão. Muitos problemas precisam ser solucionados e o tempo urge por mudanças concretas, pois quem tem fome de tudo, não pode esperar. Será preciso trazer Pernambuco para o Século XXI e fazer uma transformação que coloque o nosso Estado no seu lugar de fato, que é a liderança no Nordeste. Somos o “Farol do Nordeste”.
Roguemos, de verdade, que essas duas jovens senhoras exerçam seus cargos com um olhar humano, não só voltado para o Recife, mas principalmente voltado para o interior do Estado. Pernambuco tem um potencial enorme e por isso, será preciso que as novas mandatárias governem TAMBÉM com uma visão moderna e empresarial, a exemplo de São Paulo. Pernambuco pode, Pernambuco quer e merece. Como a própria Governadora Raquel Lyra sempre proclama: “vamos construir pontes e não muros”. Vamos dar as mãos, Pernambuco!
Nós, os Pernambucanos, queremos um Estado mais justo, empreendedor, cultural e competitivo. Chega desse “Coronelismo” entranhado em nossas vidas, o qual só apodrece o desenvolvimento. “Inútil luxo! Megalomania triunfante! Bando de tijolos com pretensões à casa.” Pernambuco não os quer mais! Para que isso aconteça, pomos a nossa fé e esperança nessas duas jovens senhoras que agora habitam o lugar mais que apropriado para elas; o Palácio do Campo das Princesas.
P.S.: qualquer trocadilho com a realidade NÃO É mera coincidência!
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