Boletim médico do Hospital Albert Einstein, divulgado no início da
noite desta segunda-feira (10), informa que Jair Bolsonaro, candidato à
Presidência pelo PSL, permaneceu durante o dia em "condições clinicas
estáveis".
Ainda de acordo com o Hospital, Bolsonaro realizou fisioterapia, caminhada e exercícios respiratórios, sem apresentar dor.
"O paciente não apresenta febre ou outros sinais de infecção e
permanece em tratamento clínicointensivo. Mantém jejum oral, recebendo
nutrientes por via endovenosa."
O presidenciável está internado desde sexta-feira (7) no hospital na
Zona Sul de São Paulo se recuperando de uma facada levada durante ato de
campanha no Centro de Juiz de Fora (MG), na tarde de quinta (6).
Mais cedo, o Hospital informou que Bolsonaroe estava sem sinais de
infecção e que deverá passar por nova cirurgia posteriormente.
A realização da operação, considerada de grande porte, já estava
prevista para depois que o candidato tiver alta. Segundo médicos ouvidos
pela reportagem, a cirurgia só deve acontecer daqui a dois meses. Nesse
meio tempo, Bolsonaro seguirá com a bolsa externa ligada à barriga.
O boletim médico afirma que, passados quatro dias após o ferimento, o
estado do candidato "ainda é grave e permanece em terapia intensiva".
"O paciente permanece ainda com sonda gástrica aberta e em íleo
paralítico (paralisia intestinal), que ocorre habitualmente depois de
grandes cirurgias e traumas abdominais. Ontem, havia uma movimentação
intestinal ainda incipiente e que persiste do mesmo modo hoje",
acrescenta o documento, assinado pelos médicos Antônio Luiz Macedo,
cirurgião; Leandro Echenique, clínico e cardiologista; e Miguel
Cendoroglo, diretor superintendente do hospital.
O comunicado acrescenta que Bolsonaro permanece "recebendo o suporte
clínico, cuidado de fisioterapia respiratória e motora, e alimentação
exclusivamente parenteral (endovenosa)".
No último boletim, divulgado no fim da tarde de domingo, foi informado
que o candidato tinha "leve anemia, em decorrência do sangramento
inicial".
Na tarde de sábado (8), Flávio Bolsonaro, um dos filhos do
presidenciável, postou nas redes sociais uma foto do pai em uma poltrona
na UTI. Na imagem, ele aparece fazendo sinal de armas com as mãos.
Questionado na porta do hospital sobre o gesto, outro filho do
candidato, Eduardo Bolsonaro, disse que o sinal já é uma marca
registrada do pai devido à sua posição contra o desarmamento. Eduardo
disse também que não vê nada de prejudicial no gesto ou algo que possa
gerar violência.
Segundo a cúpula do Einstein, os principais riscos que serão
monitorados são pneumonia (pois o candidato ficou muito tempo em choque e
perdeu cerca de 2 litros de sangue) e infecção (por causa do vazamento
de massa fecal na cavidade abdominal).
A previsão de internação é de sete a dez dias. A retomada das atividades só deve ocorrer após 20 dias.
Bolsonaro estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora, em Minas
Gerais, onde passou por uma cirurgia após o ataque que sofreu (entenda a
operação ao final da reportagem).
A transferência foi feita via aérea, em um avião UTI, na manhã de
sexta, até Congonhas. De lá, o candidato foi levado pelo Helicóptero
Águia, da Polícia Militar paulista, até o Palácio dos Bandeirantes, sede
do governo estadual e vizinha do hospital. Uma ambulância do próprio
Einstein o levou do palácio ao centro médico.
Fonte G1
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