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1º DEBATE PRESIDENCIAL COM POUCOS ATAQUES


Em um primeiro debate morno, promovido pela Bandeirantes, os candidatos à Presidência evitaram, com algumas exceções, ataques diretos e trazer temas polêmicos à tona na noite desta quinta (9).

Presidenciáveis como Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) não foram confrontados com seus pontos fracos, como o escândalo da Dersa, no caso do ex-governador de São Paulo, ou o temperamento explosivo do ex-governador do Ceará.

A Band realizou na noite desta quinta (9) o primeiro debate entre os candidatos a presidente. Estiveram presentes Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). O jornalista Ricardo Boechat, ao centro, foi o mediador Nelson Almeida/AFP

A ausência de Lula, preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro, contribuiu para um embate menos caloroso. Nesse cenário, Guilherme Boulos, do PSOL, tentou assumir o papel de porta-voz da esquerda e se apresentou como "do partido de Marielle Franco", vereadora assassinada no Rio de Janeiro em março.

Foi ele, inclusive, que protagonizou um dos únicos confrontos em que o tom das acusações se elevou. Boulos questionou Jair Bolsonaro (PSL) sobre a funcionária de seu gabinete Walderice Santos da Conceição, que, segundo mostrou a Folha, trabalha num comércio de açaí em Angra dos Reis, onde o deputado federal tem uma casa.

"Quando a Folha de S.Paulo foi lá, ela estava de férias. Ela é essa senhora, humilde, trabalhadora", disse Bolsonaro.

Ao ser questionado por Boulos se ele não tinha vergonha de manter uma "funcionária fantasma" e de ter auxílio moradia da Câmara mesmo tendo imóvel em Brasília, Bolsonaro respondeu que teria vergonha se "tivesse invadindo as casas dos outros", numa provocação ao líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

"E não vim pra cá bater boca com um cidadão desqualificado como esse aí", completou Bolsonaro, encerrando sua fala antes do tempo.

Além de Boulos, o Cabo Daciolo (Patriota) também destoou do clima mais ameno, atirando sobre praticamente todos os opositores.

Dos 13 candidatos à Presidência definidos nas convenções, apenas oito participaram do debate: além de Bolsonaro, Alckmin, Ciro, Boulos e Daciolo, foram convidados Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB).

Todos se enquadram na determinação da lei eleitoral de que devem ser convidados candidatos de partidos ou coligações que tenham pelo menos cinco congressistas.

O outro seria Lula. O PT chegou a pedir à Justiça que ele fosse autorizado a participar via videoconferência.

Com o pedido negado, o partido resolveu fazer um debate paralelo, com o vice e potencial titular da chapa, Fernando Haddad (leia abaixo).

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi o mais demandado pelos opositores mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto, que evitaram Bolsonaro.

Marina, por exemplo, pressionou o ex-governador de São Paulo por sua aliança com o chamado "centrão" (DEM, PP, PR, PRB e SD).

"O sr. diz que é candidato à Presidência porque quer mudar o Brasil. No entanto, fez aliança com o centrão, que é a base de sustentação do governo Temer. [...] O sr. acha que isso é fazer mudança?", questionou a candidata da Rede.

Ciro, por sua vez, disse que a reforma trabalhista, defendida no debate por Alckmin como "necessária", "foi um erro" e "introduziu muita insegurança" no país. "Essa selvageria nunca fez nenhum país do mundo prosperar", afirmou o candidato do PDT.

Questionado em temas como violência contra a mulher e segurança pública, Bolsonaro manteve posições como a defesa da castração química para estupradores e um referendo para facilitar a venda de armas aos "cidadãos de bem".

"A violência só cresce no Brasil devido a uma equivocada política de direitos humanos. [...] O cidadão de bem, esse foi desarmado. O bandido continua bem armado."

Alvaro Dias foi um dos que mais tratou do tema da Lava Jato, dizendo que a operação "deve ser institucionalizada" como política de combate à corrupção, e citando novamente o juiz Sergio Moro como seu futuro ministro da Justiça.

Segundo a assessoria da Bandeirantes, o debate teve pico de 7,5 pontos de audiência, segundo o Ibope, e média de 6,1 pontos na Grande São Paulo. Cada ponto representa 71.855 casas ou 201.061 telespectadores.

SEM LULA, HADDAD SE UNE A ALIADOS EM DEBATE PARALELO
Vice na chapa do PT à Presidência da República, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad se uniu a aliados para comentar, em transmissão na internet, o debate de presidenciáveis da TV Bandeirantes.
O evento paralelo foi organizado para protestar contra a exclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba, do embate televisivo.

Com Haddad, estavam a futura vice da chapa, deputada estadual Manuela D'Ávila (PC do B-RS), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, coordenador da campanha.
No início da reunião, que foi exibida na página oficial de Lula, um áudio com declarações do ex-presidente falhou dentro do estúdio onde estavam os políticos --a caixa de som queimou, segundo a organização.
Em seguida, o ex-prefeito leu uma carta em que o ex-presidente protestava contra o veto à sua participação no debate
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Informações Folha de S.Paulo

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