OAB-PE DENUNCIA ABUSO DE AUTORIDADE E PEDE AFASTAMENTO DE POLICIAIS QUE PRENDERAM ADVOGADO EM CARUARU
Ronnie Duarte é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (Foto: Reprodução/TV Globo)
Advogado foi levado para delegacia após um tumulto em um evento do Sindicato dos Vigilantes. Polícia Militar informou que processo interno vai apurar a conduta dos policiais.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) solicitou o afastamento dos policiais militares que detiveram um advogado em Caruaru, no Agreste do estado, por um suposto desacato. Segundo a instituição, houve abuso de autoridade durante a ação realizada pela Polícia Militar (PM). (Veja vídeo acima)
O advogado Sávio Delano foi detido na quinta (5), no bairro Divinópolis, por policiais do Batalhão Integrado Especializado (Biesp), após um tumulto durante um evento do Sindicato dos Vigilantes em Caruaru. Ele teria desacatado um tenente, segundo o capitão do batalhão, Guipson Souza.
De acordo com o presidente da OAB-PE, Ronnie Duarte, a Lei Federal nº 8906, de 1994, determina que advogados não podem ser presos se não estiverem acompanhados de um representante da OAB. Ainda assim, a prisão deve ocorrer apenas em casos de crimes graves.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que o comando do Biesp vai abrir "um processo interno para apurar a conduta dos policiais, de maneira a garantir que a veracidade dos fatos prevaleça em sua plenitude".
Um vídeo gravado por um vigilante mostra policiais militares ordenando a Sávio Delano que entre no camburão da PM. Ele se oferece para ir à delegacia no carro dele e explica que é advogado e, por isso, tem prerrogativa.
Na delegacia, foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e o advogado foi liberado, depois de registrar um boletim de ocorrência (BO) reclamando abuso de autoridade.
Advogado denuncia abuso de autoridade após ser detido pela PM em Caruaru (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Os policiais também registraram um BO, afirmando que Sávio estava liderando e estimulando uma confusão. O documento diz, ainda, que mesmo com a ordem policial para que ele e os vigilantes deixassem o local, o advogado se recusou, sendo grosseiro e apontando o dedo para os PMs.
G1 PE
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