Philippe Coutinho festeja ao marcar o primeiro gol do Brasil na Copa da Rússia (Foto: Reuters)
A Seleção foi superior durante cerca de 30 minutos. Em parte do primeiro tempo e na reta final. O gol de Coutinho jogou as linhas para trás e baixou demais o ímpeto. Talvez por um excesso de confiança de um time que sofre pouquíssimos gols e sabe desgastar o rival.
Zuber empurrou Miranda no gol de empate, mas há outra série de ações a observar no lance: os posicionamentos do próprio zagueiro – defendido por Tite – e a decisão de Alisson de não sair na bola. Não é simples determinar o que ambos deveriam ter feito num lance exaustivamente treinado por qualquer equipe.
Único jogador a ter mudado seu posicionamento recentemente, Coutinho foi, novamente, o melhor em campo. Mas não conseguiu compensar a má jornada individual de seus companheiros. Willian e Gabriel Jesus erraram além da conta.
O camisa 9, por sinal, protagonizou uma cena curiosa: seu melhor momento na partida foram os instantes em que ele viu seu reserva, Firmino, pronto para substituí-lo. Foi como um despertador. Jesus driblou, girou, fez pivô, apareceu na área, e fez Tite pedir ao concorrente para se sentar. O lampejo durou pouco, e logo houve a substituição.
Neymar não jogou mal, mas nitidamente lhe faltou condição física – e, consequentemente, desenvoltura técnica – para executar as ações que tentou. Entender os limites de seu corpo e adaptar seu jogo a eles poderá ser fundamental ao craque. Quanto mais extenuado, mais Neymar tenta resolver com individualidades. Não é adequado.
Com Renato Augusto no lugar de Paulinho, o técnico tentou retomar controle num meio-campo que teve três suíços como líderes em distância percorrida no jogo: Dzemaili (11,2km), Zuber e Xhaka (11,1km). Só um brasileiro correu mais do que 10 quilômetros: Coutinho (10,8km).
O Brasil precisa manter exatamente tudo o que foi bem planejado ao longo dos últimos meses, e Tite não deve se fechar a possíveis mudanças. Até porque elas são comuns durante a Copa do Mundo. Empatar com a Suíça não é condenável, mas na estreia, o resultado foi até melhor do que o desempenho.
O Brasil precisa manter exatamente tudo o que foi bem planejado ao longo dos últimos meses, e Tite não deve se fechar a possíveis mudanças. Até porque elas são comuns durante a Copa do Mundo. Empatar com a Suíça não é condenável, mas na estreia, o resultado foi até melhor do que o desempenho.
Comentários
Postar um comentário