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OPERAÇÃO CONTRA CARTEL NO GRANDE RECIFE PRENDE FUNCIONÁRIOS DE SINDICATO DO SETOR DE COMBUSTÍVEL


Presidente do Sindicombustíveis-PE e donos de postos de gasolina também são investigados, segundo a Polícia Civil.


Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã de ontem (15), a Operação Funil, que investiga a formação de cartel no setor de combustíveis na Região Metropolitana do Recife e interior do estado. Três pessoas foram presas e 27 mandados de busca e apreensão cumpridos. 

O crime de cartel consiste na cooperação entre empresas para manipular o preço do combustível. Os mandados foram cumpridos em residências (10) e postos de gasolina (17) no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima, Igarassu, Moreno, Vitória de Santo Antão, Pombos, Paudalho, Glória do Goitá, Gravatá e Bonito. Uma espingarda foi apreendida num posto em Moreno, na BR-232.

Os três presos são funcionários do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE) que, segundo o delegado Nelson Souto, gerente operacional das Delegacias Especializadas, mantinham contato com donos dos postos e faziam o direcionamento para a prática do cartel. De acordo com o sindicato, os funcionários presos preventivamente na operação trabalham nos carros que inspecionam a qualidade dos combustíveis nos postos.

Ainda segundo o delegado, houve mandado de busca cumprido na casa do presidente do Sindicombustíveis-PE, Alfredo Ramos Pinheiro. “Ele está sendo investigado, assim como donos de postos. Então é uma investigação bem longa e que a gente espera aprofundar mais à frente”, disse.

As investigações tiveram início no mês de julho de 2017 e foram presididas pelo delegado Germano Cunha, titular da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (Decot/Diresp).

Participaram da operação 163 policiais civis, entre delegados, comissários, agentes e escrivães. Esta é a 14ª Operação de repressão qualificada de 2018.

Os presos e materiais apreendidos foram encaminhados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Os presos serão levados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana.

Os três vão responder por crime contra a ordem tributária. “Infelizmente, no momento que estamos vivendo, com os combustíveis com alto valor, a sociedade, inclusive, clama pela redução desses preços, a gente tem a informação que o sindicato estaria direcionando os preços aqui no estado de Pernambuco”, comentou o delegado.

Presidente do Sindicombustíveis-PE foi um dos alvos de operação da Polícia Civil, no Recife (Foto: Pedro Alves/G1)


Resposta

Em resposta à operação, o presidente do sindicato, Alfredo Pinheiro Ramos, informou que respeita a ação da polícia, mas que considera a imputação do crime antecipada ao direito de defesa dos acusados.

“Em Pernambuco, temos 1.600 postos de combustíveis e apenas 350 associados, além da competição dos supermercados. É humanamente impossível combinar preços, porque o próprio consumidor regula a concorrência. Na maioria das vezes, nosso lucro é de 10% entre o valor fornecido e revendido, não há como a diferença entre os postos ser absurda. Temos como provar que não existe cartel”, disse.

O presidente do sindicato informou, ainda, que não teve acesso ao processo e criticou os índices de roubos de cargas em Pernambuco. Houve, em abril deste ano, 52 ocorrências de roubos de cargas.

"Vemos o quanto é difícil ser empresário no Brasil, principalmente no segmento dos combustíveis, porque quase 50% do valor do combustível é de impostos. O estado tem incapacidade de combater cargas roubadas. Todos os dias tem aumento no valor da gasolina, publicado no site da Petrobrás e temos uma acusação de cartelização. Com a difusão de empresários bons e não bons, como posso alinhar preço?", questionou Alfredo Pinheiro Ramos.

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