Uma doença complexa e de difícil diagnóstico. Assim é o Lúpus, uma doença inflamatória, de causa desconhecida, em que possíveis agentes externos (vírus, bactérias, agentes químicos, radiação ultravioleta) estimulam o sistema imune de uma pessoa que já tem uma predisposição genética, induzindo a produção inadequada de anticorpos. Esses anticorpos então provocam lesões nos tecidos e também alterações nas células sanguíneas.
Para alertar e divulgar informações sobre o problema foi criado o Maio Roxo, mês que lembra a doença que atinge cinco milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Lupus Foundation of America. No Brasil, mais de 150 mil novos casos de lúpus surgem todos os anos. O 10 de maio, especificamente, foi dedicado à pessoa com lúpus.
Uma pesquisa feita pelo Hospital Albert Einstein, de São Paulo, mostrou que pessoas de todas as idades podem ser acometidas, mas mulheres, em geral, são mais afetadas. Não existe cura, podendo ser benigno até extremamente grave e fatal. As manifestações clínicas variam de paciente para paciente, assim como seu tratamento.
De acordo com a reumatologista Andrea Dantas, do Hospital Miguel Arraes (HMA), por ser uma doença de difícil diagnóstico, é necessário fazer um conjunto de exames que conferem segurança para que os especialistas cheguem ao resultado. O lúpus pode afetar só a pele ou pode acometer outros órgãos, separados ou ao mesmo tempo. “A mortalidade é mais baixa quando atinge somente a pele e aumenta quando a doença ataca rins, cérebro e pulmões”, esclarece.
As queixas mais frequentes são mal-estar, febre, fadiga, emagrecimento e falta de apetite, além de dor articular ou muscular leve e manchas vermelhas na pele. “As alterações mais frequentes ocorrem na pele e nas articulações. A queda de cabelo é muito comum e indica a doença na sua fase ativa. Boa parte dos pacientes também tem artrite”, explica Dra. Andrea. Após o diagnóstico, o tratamento deve ter o objetivo de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, e pode ser feito com base no uso de anti-inflamatórios, nos casos mais leves, até com drogas que bloqueiam o crescimento celular, nos mais graves.
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