A alta nas bombas dos postos desencadeou várias quedas de braço no governo. O presidente Michel Temer, que tenta ganhar tempo para negociar, ficou premido entre correntes que querem corte de impostos e as que defendem uma intervenção na política da Petrobras.
Analistas do mercado viram com preocupação a notícia de que a Petrobras vai reduzir e congelar o preço do diesel por 15 dias. Por mais que o presidente da estatal, Pedro Parente, tenha dito que a medida não foi discutida com o Planalto, ela levantou suspeitas sobre a independência da empresa.
Na terça (22), a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) mandou ofício a Temer. Nele, já definia o quadro como gravíssimo e pedia intervenção. “Há o risco de vermos animais mortos de fome, em situação de canibalismo pela falta de alimentos —insumos estes [que estão] parados nos bloqueios.”
A entidade alertou ainda para o risco de repasse do prejuízo ao consumidor. “Por outro lado, também sofre a população: o alimento não chegará às gôndolas, um grave problema à segurança alimentar do país. Sem produtos, a elevação dos preços é um risco iminente.” (De Daniela Lima – Painel, Folha de S.Paulo)
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