O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse nesta quinta-feira (15) que, se o projeto que prevê a reforma do ensino médio não for aprovado pelo Congresso Nacional até o fim do ano, o governo vai implementá-lo via Medida Provisória. Ele participou de um seminário sobre educação em São Paulo.
“Temos o receio de que no momento em que se discutem medidas tão
significativas no campo econômico, a gente venha a secundarizar a
reforma do ensino médio. Se percebermos, e isso foi fruto do meu
despacho com o presidente Temer, que não será aprovado até o fim do ano
via projeto de lei, mesmo com a urgência dada pela Câmara, vamos partir
para Medida Provisória”, afirmou Mendonça.
O projeto, de autoria do deputado Reginaldo Muniz, do PT de Minas
Gerais, prevê flexibilizar o currículo do ensino médio, fazendo com que o
aluno tenha opção de escolher as disciplinas de acordo com sua vocação
ou especificidade da região onde mora.
O Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) divulgado na semana
passada mostra que o ensino médio nas escolas brasileiras está estagnado desde 2011 em patamares abaixo da meta de qualidade.
O ministro atribuiu o cenário à falta de atratividade do ensino médio.
Ele lembra que hoje 1,7 milhão de adolescentes não trabalham nem
estudam.
“Tem de haver uma maior conexão com a educação de nível médio e de
nível técnico. A grande maioria das redes é separada, temos de aproximar
mais para tornar a escola mais atrativa”, afirmou. Para ele, o formato
da educação de nível médio do Brasil vem do século passado, quando as
tecnologias não existiam. “O adolescente não se vê identificado com esse
formato de escola que o Brasil oferece.”
FONTE: G1
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