Postado em 12 de dezembro de 2023
Nesta segunda-feira (11), o deputado estadual Waldemar Borges deu entrada em um Pedido de Acesso à Informação para que o Governo do Estado detalhe os custos feitos na 1ª Feira Integrada de Produtos da Agricultura Familiar (Fipagri), realizada pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em outubro passado, onde foram gastos aproximadamente R$ 1 milhão.
Na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado também disse que solicitou que o Tribunal de Contas do Estado acompanhe o evento que o presidente do IPA vai fazer durante dois dias em Gravatá ao custo de R$ 600 mil para contratação de hotel, com acomodações e refeições, sob o pretexto de realizar uma reunião de análise e fechamento do exercício de 2023 e planejamento para 2024.
“O presidente do IPA, Joaquim Neto, quando assumiu o órgão atribuiu uma série de problemas à gestão anterior. Eu não quero negar aqui que havia problemas, mas não vi uma atitude do atual gestor do Instituto no sentido de sanar nenhum desses problemas, muito pelo contrário, todas as atitudes são no sentido de agravar a situação e de cuidar de interesses que não são exatamente os do homem do campo nem da agricultura pernambucana”, criticou o deputado.
Em relação à Fipagri, no que pese a importância do tema, Waldemar Borges disse que chama a atenção que se gaste na realização de uma feira mais de um milhão de reais. “É muito dinheiro para um órgão quebrado, falido, onde os funcionários vêm aqui, como fizeram junto ao deputado Abimael Santos, reclamar das péssimas condições de trabalho, o que coloca em risco inclusive sua segurança, e o que recebem em troca é uma punição para que retornem à Sede do IPA, o que significa uma redução de 10% do que recebem por mês”, denunciou.
O parlamentar também denunciou que o evento que o presidente do IPA fará em Gravatá durante dois dias na verdade é uma grande farra de fim de ano ao custo de 600 mil reais. “Esse processo não passou por nenhuma licitação, por isso acionamos o Tribunal de Contas de Pernambuco, solicitando, inclusive, uma medida cautelar para que esse crime contra o erário público não seja cometido”, disse.
O deputado ainda fez uma comparação de itens que o IPA poderia comprar com o dinheiro que será gasto na confraternização, como 200 jogos de pneus e 200 baterias para a frota de carros do Instituto e microscópios para os laboratórios que estão penando para funcionar. “O presidente do IPA tem que respeitar esse Poder, tem que dar satisfação à sociedade e dizer porque vai gastar tanto em eventos com o Instituto precisando de itens básicos para seu bom funcionamento. O que temos visto é que o que estava ruim está ficando muito pior”, concluiu.
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