Postado em 04 de outubro de 2023
Todos os gravataenses têm o dever moral de mostrar o seu amor por Gravatá e “brigar” pelo que É NOSSO e que PRECISA SER PRESERVADO!!!!
No começo, a nossa cidade era apenas uma fazenda onde os viajantes vindos do Recife a utilizavam como paragem para descanso antes de seguirem viajem. Com o passar do tempo, aquela fazenda foi tomando forma de vila e décadas depois, se transformou em uma cidade bastante conhecida pelo seu clima frio e agradável. Surgia Gravatá.
Paralelamente ao seu crescimento, Gravatá foi contemplada com edificações expressivas arquitetonicamente, constituindo assim um casario lindo que se tornou patrimônio de todos nós, gravataenses. O grande responsável pela edificação dessas construções históricas, foi o Prefeito Joaquim Didier, que em sua gestão mandou construir o Solar dos Didier, o que hoje é a sede das Salesianas, entre outras edificações, como a sede da Prefeitura e do Memorial de Gravatá.
Durante esse período, muitos outros imóveis foram construídos em Gravatá, seguindo o mesmo estilo arquitetônico, e em alguns casos, adornados com eira e beira, que era o símbolo de poder social da família que os habitavam.
Até meados dos anos 90, esses imóveis ainda eram preservados e habitados. O tempo passou e os donos faleceram e os herdeiros, que não residem em nossa cidade, passaram a vender esses verdadeiros patrimônios históricos para a iniciativa privada, que os estão demolindo para dar lugar ao comércio. Isso já se tornou uma prática recorrente e estamos perdendo muito da nossa história com essas demolições. Quando não há demolição, há o abandono. Uma verdadeira lástima para a História de Gravatá e uma grande decepção para os turistas que a visitam.
E isso vem acontecendo bem aos olhos da população, que de forma inerte e passiva, assiste a tudo sem agir, sem cobrar e exigir que o nosso casario seja preservado. O poder emana do povo, mas parece que essa lei ainda não entrou em prática por aqui, pois o povo é quem mais deveria cobrar das autoridades uma ação imediata para tombar e preservar essas casas históricas que estão sendo engolidas pelo progresso vazio.
Uma boa saída para findar com essa prática infame e revoltante, seria a criação de uma secretaria municipal de preservação do patrimônio histórico, para que através dela, se buscasse junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional, o IPHAN, o tombamento desses imóveis. Alguma medida efetiva precisa ser tomada imediatamente, antes que restem apenas os escombros do que outrora foi beleza e história em nossa cidade.
Todos os gravataenses têm o dever moral de mostrar o seu amor por Gravatá e “brigar” pelo que É NOSSO e que PRECISA SER PRESERVADO, pois uma cidade sem memória, ela não passa de um aglomerado de gente. Sem preservar as nossas riquezas históricas e a nossa cultura, não teremos o que deixar para as gerações vindouras e seremos apenas “um bando de tijolos com pretensões à casa.” Só que no nosso caso, infelizmente não seremos mais do que uma casa desmoronada ou caindo aos pedaços.
Todos os gravataenses têm o dever moral de mostrar o seu amor por Gravatá e “brigar” pelo que É NOSSO e que PRECISA SER PRESERVADO!!!!
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