Postado em 24 de julho de 2023
Mal o show começou e uma chuva constante deu o ar da graça, mas ninguém arredou o pé do local.
Naquela noite de janeiro, no ano 2000, estava no saudoso Bar Acalanto em Gravatá, quando fui informado que o Maurício Reis iria se apresentar ao lado da Praça da Matriz. Imediatamente me dirigi até o local do show, e após alguns minutos, subiu ao palco um senhor elegante, de terno de linho e que trazia na lapela um cravo branco. Era o Poeta do Cravo Branco, como assim ele ficou famoso ainda na época da TV Tupi, quando ganhou o Concurso de Calouros no Programa do Raul Gil.
Mal o show começou e uma chuva constante deu o ar da graça, mas ninguém arredou o pé do local. E nem poderia ser diferente, pois além da fama, Maurício Reis sempre primava por um repertório romântico e de qualidade letrista inconfundível, com destaque ainda maior pela qualidade vocal que esse artista completo possuía, o que findava sempre por arrastar grandes públicos em qualquer apresentação que ele performasse.
Foi também em uma noite chuvosa, há 23 anos, que infelizmente o Poeta do Cravo Branco nos deixou. Ficamos todos órfãos da boa música que ele cantava pelos quatro cantos de Pernambuco, levando alegria, saudade e emoção aos milhares de fãs que até hoje o admiram e lamentam a sua ausência.
Maurício Reis cantava um repertório maravilhoso, apaixonante e único, o que é quase impossível de se encontrar no repertório dos chamados “cantores” atuais. Não há uma música que tenha sido gravada pelo Poeta do Cravo Branco que não seja sucesso até hoje. Isso se chama talento, que é um dom natural que não é encontrado facilmente no Brasil, quando nos referimos à qualidade.
Por isso, enquanto houver uma vitrola triste, um romântico, um seresteiro e uma cerveja gelada em uma mesa de bar, tu viverás também, Maurício Reis! A tua voz de tenor para sempre ecoará, para o deleite dos notívagos e amantes da boa música. Verônicaaaaaa!!!!!
Onde quer que estejas, descanse em paz! Até um dia...
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