Pular para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade
Seu Verão também é aqui

Seis em cada dez famílias já atrasaram ou deixaram de vacinar seus filhos


Postado em 21/04/23

Dados de uma pesquisa apontam que entre principais motivos estão dificuldade de lembrar datas e gerenciar cadernetas, além da desinformação

Seis em cada dez famílias já atrasaram ou deixaram de vacinar seus filhos. Entre os principais fatores que dificultam a imunização infantil adequada está a dificuldade de lembrar as datas corretas (50); falta de tempo diante das demandas da rotina familiar (38%); distância da residência para a unidade de saúde (35%); dificuldade em gerenciar a carteira de vacinação ou terem perdido o documento (25%). Os dados são do levantamento Escola, Uma Aliada da Vacinação Infantil, conduzida pelo Instituto Locomotiva a pedido da farmacêutica Pfizer. A pesquisa ouviu 2.000 mães de crianças e adolescentes de até 15 anos por todo o país. Na maioria dos casos, são as mães que levam as crianças para se vacinarem no Brasil. Falta tempo e suporte para as mães. A pesquisa ainda apontou a desinformação como uma ameaça à proteção das crianças: 68% das mães já se sentiram confusas sobre a imunização dos filhos; apenas 24% consideram elevado o próprio nível de informação sobre vacinas.


Segundo Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, qualquer ação que melhore o processo para a mãe levar a criança para a vacinação tem grande potencial de aumentar a cobertura vacinal no Brasil: “Esse número nos aponta uma realidade bastante interessante, que o resto da pesquisa vai aprofundar, sobre a necessidade de aumentar os postos de vacinação. Um dado que talvez nem todos saibam, apontado pelo último censo da educação é que nós temos mais de 170 mil escolas públicas de ensino básico, o que poderia ser uma oportunidade muito forte para aumentar os pontos de vacinação”. Na avaliação dele, a pesquisa deixa claro que a escola pode ser uma aliada para reverter o cenário, já que é considerada um ambiente seguro pelas famílias e que ajuda nos lembretes de datas importantes como os feriados. “São as escolas que se tornaram a referência moral dentro das famílias. Vamos lembras as campanhas de falta de luz, por exemplo. Era as crianças que saiam acendendo e apagando as luzes. Cinto de segurança. Quantas aprenderam a escovar os dentes dentro das escolas?”, questionou Meirelles.


Nos últimos cinco anos houve um decréscimo da cobertura vacinal de crianças no país, problema que foi potencializado pela pandemia da Covid-19. Em 2022, alguns dos principais imunizantes do calendário infantil tiveram menos de 70% de cobertura, o que possibilita a reintrodução na sociedade de doenças que já estavam erradicadas. O presidente do Instituto de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, também participou do evento de apresentação dos dados nesta quarta-feira, 19, e explicou que a redução da cobertura não é um fenômeno exclusivo do público infantil, mas também presente na adolescência e até durante as campanhas. “O grande fator de motivação ou desmotivação da vacinação se relaciona com o próprio sucesso das vacinas. As vacinas fazem tanto sucesso, eliminam doenças, e as pessoas começam a se questionar ‘para que me vacinar se eu não convivo mais com essas doenças e as vacinas podem dar reações e podem deixar meu bebê enjoadinho?’. Esse é um dos fatores principais”, disse Kfouri.


As dificuldades encontradas pelas mães no dia a dia, variam de acordo com a classe social. Para o infectologista Renato Kfouri é também tornar a cobertura homogênea na sociedade, não apenas em determinados grupos: “A gente precisa de múltiplas saídas, porque o que realmente faz alguém não se vacinar na Bahia, no Pará, não é o mesmo que no interior do Rio Grande do Sul, em São Paulo e outros lugares”. Durante a apresentação dos dados, a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro, reforçou que a empresa tem voltado seus esforços pela busca de soluções para a desinformação e a dificuldades de acesso e que realizou campanha de vacinação em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e com a Unicef.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Postado em 30/12/22 A Prefeitura de Gravatá, por meio da Secretaria de Segurança e Defesa Civil, vem esclarecer sobre o caso ocorrido nesta quinta-feira (29), envolvendo um agente da Guarda Civil Municipal. A GCM recebeu a denúncia que havia um homem armado no Mercado Público Gustavo Borba (Mercado de Farinha), municiando-a às vistas de populares que ficaram aterrorizados pela ameaça que estava circulando entre os comerciantes e os que frequentam o mercado. Prontamente, a equipe se deslocou ao local, ao visualizar o suspeito, a equipe ordenou que levantasse as mãos para realizar a revista, o suspeito não acatou a ordem, puxou a arma de fogo da cintura, reagindo e apontou em direção aos GCMs que, em seu estrito cumprimento do dever legal, em legítima defesa, preservando pela sua vida, dos trabalhadores e demais pessoas que frequentam o patrimônio público. A GCM realizou um único disparo de advertência, acertando o braço do suspeito, na tentativa que largasse a arma. Após a c...

DATA MAGNA DE PERNAMBUCO: ENTENDA POR QUE 06 DE MARÇO É FERIADO NO ESTADO DE PERNAMBUCO.

O dia 6 de março é feriado pela primeira vez em Pernambuco neste ano, após ter sido instituído em 2017 . Mais do que um dia em que repartições públicas fecham e instituições de ensino não têm aula, a data magna estadual presta uma homenagem à chamada Revolução Pernambucana, quando o estado se tornou uma república independente do resto do Brasil colonial.  O ano era 1817. A então capitania de Pernambuco se revoltou e declarou independência do resto do Brasil no dia 6 de março, rompendo com o governo da família real portuguesa. A República de Pernambuco durou cerca de 70 dias, mas marcou a história do país. “É muito importante recordar, celebrar e estudar criticamente porque, dos movimentos anticoloniais, foi o único que de fato conseguiu tomar o poder e fundar um novo país”, explica o presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, professor George Cabral. A bandeira do estado, ostentada por muitos pernambucanos com orgulho,...

PSB promove, em Gravatá, discussão com prefeitos e vereadores sobre a privatização da Compesa.

Publicado em 25 de janeiro de 2025 Ao lado dos deputados Pedro Campos, Sileno Guedes e Cayo Albino, o deputado Waldemar Borges conduziu uma importante reunião de trabalho do PSB, em Gravatá, para discutir a proposta de concessão de parte dos serviços da Compesa, com a presença de prefeitos, vereadores e representantes de 20 municípios pernambucanos.  Coube a Pedro, que além de deputado é engenheiro e compesiano, fazer uma exposição da proposta do governo. Na ocasião, o parlamentar criticou o molde da privatização em curso e avaliou que o governo estadual conduz esse processo de maneira equivocada, deixando à margem pontos essenciais ao interesse do povo. “Não há previsão em edital que o racionamento de água será reduzido, nem a definição da outorga mínima, nem os critérios que serão adotados para a repartição dos valores entre estado e municípios. Não podemos concordar com esse absurdo que está posto”, afirmou o deputado federal. O deputado estadual Waldemar Borges ressaltou em sua...