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Doença causada pelo mesmo vírus da catapora tem aumento de casos e já atingiu famosos como Justin Bieber

Postado em 27/07/22
 
Um vídeo gravado por Justin Bieber no mês passado causou grande repercussão com as imagens do artista mostrando o rosto paralisado. O cantor revelou ter sido diagnosticado com uma das variações do herpes zóster, doença causada pelo mesmo vírus da catapora.
 
O vírus responsável pelas doenças é o varicella-zoster. “A catapora é a primeira infecção e o herpes zóster é a reativação do vírus. Quando a pessoa fica boa da catapora, o vírus se aloja nos nervos cranianos e gânglios, na raiz dorsal, o que permite sua reativação por várias décadas depois, produzindo as lesões cutâneas unilaterais”, explica a infectologista Analíria Pimentel, responsável técnica pelo HOPE Vacinas.

 
A doença é popularmente conhecida como “cobreiro”, por conta das lesões na pele. Na maior parte dos casos, os principais sintomas também são dores nos nervos, parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc); ardor e coceira locais, febre, dor de cabeça e mal-estar.
 
A especialista complementa afirmando que o herpes zóster é mais grave do que a catapora. “Ao contrário da catapora, que é uma infecção que não atinge os nervos, o herpes zóster costuma impactar na qualidade de vida, podendo levar à depressão e ao isolamento social. O vírus é ainda mais preocupante nos pacientes que desenvolvem a neuralgia pós herpética ou envolvimento ocular com perda da visão”, completa.
 
Durante a pandemia, houve aumento de casos do herpes zóster. Um estudo da Universidade Estadual de Montes Claros, em Minas Gerais, mostra que a incidência da doença aumentou mais de 35% nos últimos meses. A principal forma de se proteger contra a doença é a vacinação. A primeira vacina desenvolvida contra a doença possuía uma restrição que impedia que indivíduos imunossuprimidos utilizassem o imunizante. Mas atualmente, já está disponível uma vacina com 97% de eficácia contra o herpes zóster.

 
A nova vacina deve ser aplicada em duas doses, com intervalos de dois meses entre elas. “A vacina recém liberada no Brasil, chama-se Shingrix, da GSK, e não contém imunizantes vivos, portanto não tem contra indicação para pessoas imunossuprimidas. Já estamos utilizando essa vacina no HOPE”, analisa a infectologista Analíria Pimentel.

A infectologista Analíria Pimentel é a responsável técnica do Hope Vacinas. O novo serviço foi criado há cinco meses dentro do propósito do Hospital de Olhos de Pernambuco de cuidar das pessoas, entendendo a importância das vacinas na prevenção e no controle de doenças. O Hope tem 69 anos, conta com mais de 70 especialistas em sua equipe médica, e tem serviços em todas as áreas da oftalmologia (exames, cirurgias e atendimentos em consultórios), laringologia e agora em vacinas.

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