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Coluna do Rod Silva: FESTAS JUNINAS INCLUSIVAS


Postado em 28/06/22

Que venham mais e mais Festas Juninas como a que tivemos em 2022. Quem sabe “paroano”, eu não possa comemorar o meu aniversário na minha amada Gravatá. Afinal, sou mais pernambucano que Luis Gonzaga

O São João em Gravatá de antigamente, era repleto de romantismo, tradição e muito forró. Éramos raiz e naquela época, a nossa cidade se vestia com as cores e os cheiros que as festas juninas tradicionais trazem consigo, e com isso, ficávamos todos enebriados com aquele clima junino que só Gravatá tinha. 


O tempo passou. E com ele, veio a chamada modernidade, a qual costuma atropelar e sem dó e sem piedade, o que de mais tradicional se tem. Nos últimos 20 anos, os gravataenses tiveram enfiado por goela abaixo, tudo o que nada dizia sobre o nosso verdadeiro São João. Tudo se remetia ao Pátio de Eventos, onde “artistas” fora da terra e fora de época se apresentavam para um público mórbido, regado a cachaça com Coca-Cola.

Sumiram os artistas locais, os pastoris, as fogueiras, as ruas enfeitas... Tudo tomou um tom de cinza, como fogueira morrendo em noite de estrelas... 

Como tudo o que não é de verdade não perdura, graças a Deus, esse tempo cinzento passou. Muito nos engrandece, hoje, vermos que as Festas Juninas de Gravatá voltaram às suas origens e o povo voltou a sorrir para a nossa festa mais tradicional. Tudo cheira a milho verde!!!


Mesmo distante de Gravatá, não ficamos alheios aos acontecimentos e, com o advento da informação, nos chegam imagens da grandiosidade do São João deste ano e suas inúmeras atrações. A cidade se vestiu à caráter para abraçar a proposta da Gestão Municipal, que era de trazer a tradição de volta e principalmente, fazer o gravataenses voltar a viver e a sentir orgulhosamente aqueles São João de outrora, os quais deixaram muitas saudades. 

A festa de 2022 ganhou uma roupagem nova, mais moderna, mas sem renunciar ao nosso jeito interiorano, o que acabou por trazer de volta as famílias para o Pátio de Eventos e para a Avenida Joaquim Didier. E tudo se convergiu para uma inclusão em massa, onde todas as camadas sociais foram contempladas com o que Gravatá tem de melhor: AS SUAS TRADIÇÕES. Tivemos uma verdadeira festa inclusiva. Tomara que essa tendência se esparrame para a Festa de Reis. Fica aqui a sugestão. 


Ao contrário do que acontece em Caruaru, a nossa cidade procurou valorizar os artistas locais e ao trazer artistas de fora, os organizadores tiveram a sensibilidade de optarem por artistas que têm uma relação genuína com o São João, como foi o caso de Alceu Valença, Zé Ramalho e Santanna. Isso é respeitar as nossas tradições. Devemos viver a modernidade, mas NUNCA ESQUECERMOS AS NOSSAS TRADIÇÕES, pois um povo que esquece as suas tradições, perde a sua identidade. 

Que venham mais e mais Festas Juninas como a que tivemos em 2022. Quem sabe “paroano”, eu não possa comemorar o meu aniversário na minha amada Gravatá. Afinal, sou mais pernambucano que Luis Gonzaga; haja vista, eu nasci na Véspera de São João, em uma manhã de terça-feira fria, como a brisa que baila por entre as montanhas azuis que cercam Gravatá.

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