COLUNA DO ROD SILVA: GRAVATÁ E SUAS PAISAGENS

 

O cenário é a rodoviária do Recife. É lá, onde o coração já começa a palpitar, a adrenalina aumenta e a ansiedade toma conta de nós. Estamos indo para Gravatá!!! 

Ao atravessarmos o Túnel da Serra das Russas, o cenário muda, pois logo adiante Gravatá se revela linda e altiva, abrindo os seus braços brejeiros e calorosos para receber a todos nós. Somos muito bem-vindos aqui. A nossa amada terra é um cenário ideal para os idílios poéticos que se atamancam de nossas mentes. 

Por mais que andemos por outros cantos mundo à fora, nada substitui o prazer de voltarmos ao lugar onde nascemos e onde tudo começou. Contudo, em se tratando da nossa cidade a emoção é em dobro, pois estamos cercados por montanhas azuis e contemplados com um dos melhores climas do Brasil. 

As paisagens de Gravatá são inconfundíveis e inigualáveis: na cidade não tem emprego, falta segurança, falta saúde, não temos faculdades, nem cinema e nem teatro. Mas temos brisa. Vamos viver de brisa e respirar as mazelas que nos assolam há décadas. Quem sabe possamos matar a nossa fome de cultura e quem sabe possamos galgar a “Escada da Felicidade”, como fazíamos outrora, sem medo de sermos assaltados no Alto do Cruzeiro. Ao final de tudo isso, estaremos fartos do “pão e circo”, que é um artigo famigerado produzido no Pátio de Eventos. 

Somos uma cidade turística!!! Quanto orgulho em dizer isso! Será mesmo?

As paisagens que queremos admirar em Gravatá, são aquelas que nos remetam ao crescimento, à cultura, à saúde e ao bem-estar de todos. Sem exceção. Como tudo na vida passa, os ventos bons estão querendo voltar a soprar em nossa terra querida e o movimento é lindo, pois o mesmo trás consigo a força da juventude dos que estão abraçando uma nova proposta, a qual busca mudança, igualdade, respeito e participação. 

Quem sabe quando eu voltar a visitar Gravatá, as paisagens que sempre me encantam não serão também as mesmas que traduzem felicidade, onde diante de uma paisagem universal, todos os gravataenses contemplem o horizonte através da sua própria janela. 

Roguemos pela esperança de um dia voltarmos a olhar as nossas verdadeiras paisagens com orgulho, amor e patriotismo de uma terra abençoada pelo “Cristo de braços abertos... Se desdobra num manto de luz! Este céu que parece tão perto. Do caminho que a Deus nos conduz.”