É uma gente de valor, que não tem anel de doutor. Muitos não têm instrução, mas todos tem bondade, simplicidade, respeito e sabedoria. Mas vivem à margem de tudo.
A nossa gente é o nosso maior tesouro. Somos uma gente valente, trabalhadora, acolhedora e... feliz? Cultivo em mim uma chama acessa que teima em arder cada vez mais forte, especialmente quando lembro da minha terra e especialmente quando me lembro daquelas pessoas humildes, distantes dos centros das atenções, mas com corações gigantes e que estão sempre de braços abertos para nos acolher. São os “esquecidos.”
É uma gente de valor, que não tem anel de doutor. Muitos não têm instrução, mas todos tem bondade, simplicidade, respeito e sabedoria. Mas vivem à margem de tudo.
Caminhando pelas ruas da periferia de Gravatá, o que se vê é muita tristeza no rosto dessas pessoas, além da pobreza. Falta perspectiva e elas estão muito longe dos holofotes dos mandarins gravataenses, trazendo a todos a uma situação de exclusão.
Ver nossa gente nessa situação, há décadas, me dá pena. Os políticos que estão no poder e os políticos que almejam chegar lá, precisam voltar as suas atenções prioritárias para essa gente e para as periferias da nossa cidade. Um bom começo seria através de políticas de inclusão.
A periferia de Gravatá concentra a maior parte de sua população, a qual cresce consideravelmente a cada ano, mas sem planejamento. Para se ter uma ideia, o Bairro Novo terminava no Alto do Quirino. Hoje, do outro lado do morro existe um outro bairro, de tamanho agigantado e igualmente pobre. Isso não pode continuar, pois além de vexatório, é injusto.
Será preciso criar políticas públicas de investimento em qualidade de vida e isso não acontece sem saneamento básico, educação, saúde e trabalho. Parece uma repetição retórica, mas infelizmente é a realidade. Mudanças são necessárias e urgentemente!!!!
Roguemos que os novos eleitos para a Casa de Elias Torres (Câmara dos Vereadores), assim como o eleito para o Palácio Joaquim Didier (Prefeitura), comecem a olhar para a nossa gente sofrida com carinho e principalmente com respeito. Somos todos gravataenses e os nossos conterrâneos menos favorecidos precisam ter acesso aos serviços, para que possam viver com dignidade. E uma população saudável e instruída, trará benefícios incomensuráveis para Gravatá.
Quem sabe após essas mudanças mais que necessárias, mas que por enquanto são apenas desejos e idílios, possamos caminhar pelas ruas da nossa periferia e possamos olhar para a nossa gente com alegria e orgulho. Afinal, ninguém vive sem uma alma. E a alma de Gravatá, sem dúvida é a sua gente... Gente de valor!
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