O ano era 1976. O Brasil estava sob o Regime Militar e o povo clamava por mudanças. Na época, havia dois partidos principais que dominavam o cenário político do Brasil: a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), que representava o lado do governo. Ou seja, a situação. E havia o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que representava a oposição. Como uma afirmação lógica e incontestável, a classe rica do país, claro, estava do lado do governo. Em contrapartida, a classe dos menos favorecidos estava do lado da oposição.
No dia 15 de novembro de 1976, o candidato do MDB Padre Paulo Cremildo Batista de Oliveira foi eleito pelo voto popular com 6.345 votos, tendo uma margem de 1.981 votos sobre o candidato da ARENA Dr. Paulo da Veiga Pessoa. Ou seja, venceu em todas as urnas apuradas. Foi uma vitória da DEMOCRACIA, mesmo em “tempos de chumbo.”
Hoje, 46 anos depois, a história se repete. A oposição novamente se reúne e chama agora um ex-Padre para concorrer às eleições de 2020. Ao que se pode constatar público e notoriamente, é que a grande maioria da população de Gravatá está querendo dar um basta no marasmo e na situação de inércia, na qual a nossa cidade entrou e não consegue mais sair, pois não é interessante para alguns populistas, os quais se auto intitulam “representantes do povo”.
Esses “representantes do povo” tiveram a grande chance de mudar o rumo da história e colocar Gravatá no mesmo patamar que Vitória de Santo Antão, por exemplo. Ao invés disso, a fé e a confiança do povo foi ludibriada com falsas promessas, tendo como vetor de força, a insistência em usar um título quase inócuo, que é o de “cidade turística.” Está faltando emprego! A violência aumenta a cada dia! As drogas estão destruindo os nossos jovens!
Roguemos aos céus, verdadeiramente, que mais uma vez a oposição tenha acertado na escolha e que um novo “Padre Cremildo” brote na consciência do Senhor Joselito, que é o candidato da oposição para as eleições municipais vindouras. Que seja uma campanha limpa e honesta; sem ofensas pessoais, sem demagogia. Que seja uma campanha, onde o debate, o diálogo e a apresentação e discussão de projetos e propostas sejam uma constante nos comícios, nas propagandas, etc., pois no final de tudo, o povo tem que ser o maior beneficiado.
Lembremos, pois, que quem não tem o que apresentar, busca sempre agredir. ISSO NÃO É DEMOCRACRIA!!!!
“Eles passarão. Eu, passarinho!” Carlos Drummond de Andrade.
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