Somos uma cidade conhecida pelo clima, pela gastronomia e pelo povo acolhedor que somos. Temos lindos condomínios de casas com arquitetura europeia, temos o Polo Moveleiro, temos artesanato, Mercado Cultural, temos o Memorial de Gravatá (quase sempre vazio), temos o Cristo Redentor a nos abençoar.
Então, não nos falta nada? Temos de fato, tudo que precisamos para sermos uma cidade desenvolvida e finalmente entrarmos na onda do progresso? CLARO QUE NÃO!!! Pelo contrário, estamos muito, mas muito longe disso. O fato é que estamos na terceira década do Século 21 e continuamos a marcar passo sem nos mexermos para frente. Ou melhor, estamos sempre a ver navios e nunca saímos da beira do cais. Ou seja, nossa Gravatá nunca chega a lugar algum, porque não temos um rumo a seguir, uma linha de desenvolvimento a ser cumprida.
Vivemos uma falsa ilusão de cidade turística, a qual não tem a mínima estrutura possível para se tornar atraente perante os olhos dos turistas. E não me venham dizer que o Alto do Cruzeiro é um ponto turístico estruturado, porque isso não é verdade. O nosso “Corcovado” se tornou um antro de drogas e prostituição, além de uma invasão imobiliária sem precedentes que acabou por sufocar e destruir a nossa Escada da Felicidade. Aquilo virou uma favela, que por pouco não encobre a Estátua do Cristo Redentor. Um verdadeiro descaso com a memória de Gravatá.
Este foi só um exemplo entre tantos outros que poderiam ser citados. Gravatá vive em um amalgama de mazelas, as quais são maquiadas pela política do “Pão e Circo.” No final disso tudo, a grande questão que paira sobre nossas cabeças, é: Que solução temos ou teremos para Gravatá?
A solução se chama trabalho em comunhão com a competência e uma boa dose de amor e comprometimento para com a nossa cidade. Já passou da hora de enxergarmos para além das festas temáticas, as quais viraram a principal fonte de renda de Gravatá, pois os nossos cidadãos precisam de trabalho permanente e não oportunidades temporárias. Os nossos estudantes precisam de uma instituição de ensino superior em Gravatá, para que não mais precisam se arriscar a viajar para outras cidades em busca de uma educação universitária.
Será preciso criar um plano de incentivo à instalação de indústrias na cidade, através de um programa de isenção fiscal, assim como é feito em todo o Brasil. Não podemos ficar de fora do crescimento, pois a cidade precisa ter um PIB robusto e consequentemente, aumentar a arrecadação para melhorar os investimentos básicos, como saneamento, segurança e saúde.
Para que essa mudança aconteça de fato, será preciso renovar o quadro político de Gravatá. Precisamos apostar em novas ideias, em caras novas na política municipal. Vamos apostar nas propostas de candidatos da nossa terra. Mas principalmente, vamos apostar nas ideias de quem viveu e vive a realidade da nossa cidade, nas ideias de quem conhece o problema em suas entranhas. Vamos votar pensando em Gravatá como um todo, pois a nossa cidade é grande e precisa de mandatários que pensem na mesma proporção. O voto consciente pode nos levar a patamares nunca antes alcançados e a mares nunca dantes navegados. Lembremos, pois, que “o poder emana do povo, para o povo, pelo povo.”
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