Era Abril de 1986. Gravatá tinha pouco mais de 80 mil habitantes e poucas perspectivas de progresso, pois não havia investimentos na cidade e infelizmente a situação não tendia a melhorar. Isso é um dado antigo, mas este sempre foi o vetor de força contribuinte para o êxodo de muitos talentos gravataenses que partiram e ainda partem rumo ao horizonte para que possam por em prática, os seus conhecimentos e assim, desenvolverem uma carreira profissional.
Naquela época, assim como ainda hoje, a única esperança de trabalho eminente está para além da Serra das Russas no sentido do mar. Com o passar do tempo, E assim, por muitos anos, esse êxodo virou rotina e Gravatá foi ficando para trás, se transformando numa cidade parada no tempo e sempre aquém do progresso.
Apesar de tanto tempo já ter se passado, a situação ainda é a mesma; mas com uma agravante: AS DROGAS TOMARAM CONTA DE GRAVATÁ. “Onde o Estado não chega, a marginalidade toma conta.” Esta célebre frase é antiga, mas muito atual para a nossa cidade, pois nada mudou, nada muda e parece que não há perspectiva de mudanças futuras. Somos uma das maiores cidades do Interior de Pernambuco e vivemos uma falsa ilusão de “cidade turística. Na realidade, somos um “gigante adormecido.” Isso agrada a uma minoria, a qual tira proveito desse atraso todo, assim como flagela a grande parcela da população que clama por dias melhores. Infelizmente, pela ausência de investimentos em infraestrutura e emprego, os nossos jovens hoje encontram nas drogas a “solução” para a falta de trabalho e dinheiro para matar a fome, por exemplo. Isso é alarmante e vexatório e na mesma intensidade, muito triste.
A grande pergunta que todos nós, filhos dessa terra de Sant’Anna e Justino Carreiro de Miranda, devemos nos perguntar é: QUE GRAVATÁ QUEREMOS PARA O FUTURO?
Porém antes de respondermos à essa pergunta, é preciso que analisemos o que de fato aconteceu à nossa cidade no decorrer de todas essas décadas e o que fazer para tentar salvar essa geração “quase perdida,” e assim garantirmos um futuro por deveras digno para as gerações vindouras.
O resulto dessa análise é óbvio; haja vista que décadas se passaram e Gravatá continua sem indústrias, sem instituições de ensino superior presencial, sem lazer para a população, sem desenvolvimento e sem nada! A Educação é a viga mestra de qualquer sociedade. Infelizmente, os jovens gravataenses que tentam completar os estudos, tem que se locomover para outras cidades para frequentarem uma faculdade, arriscando-se a viajar à noite e ficando expostos a qualquer sorte. A impressão que temos é que o progresso só chega a Vitória de Santo Antão. De lá, ele dá um salto gigantesco até chegar em Caruaru. E Gravatá fica sempre a ver navios. E o tempo passa! “O tempo não para.”
Portanto, meus conterrâneos queridos, nas próximas eleições, antes de votarem, analisem bem as propostas e o que já foi “feito” por Gravatá nas gestões anteriores e se perguntem: Queremos que tudo isso continue como está, a apodrecer as nossas vidas, ou queremos de fato mudar e escrevermos uma nova história?
Não fiquemos a ver a banda passar! Sejamos o maestro a conduzir a banda segurando a batuta com mãos firmes e fortes. Gravataenses: uni-vos!!! Amém!
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