Foto: Arquivo/Agência Brasil.Fonte: DP
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu hoje (2) que os
Correios devem conceder reajuste de 3% nos salários e nos benefícios dos
funcionários da estatal. A questão foi decidida durante o julgamento do
dissídio coletivo da greve realizada no mês passado.
Pela
decisão, os ministros da Seção de Dissídios Coletivos também decidiram
que os dias de paralisação serão descontados em três parcelas na folha
de pagamento e que as cláusulas do acordo coletivo anterior serão
mantidas.Também foi determinada a exclusão dos pais dos funcionários do
plano de saúde, com a exceção de quem estiver em tratamento médico
contínuo. A greve não foi considerada ilegal.
Em
nota aos trabalhadores, a Federação Nacional dos Tralhadores em
Empresas de Correios (Fentect) disse que o reajuste de 3% está próximo
ao índice de inflação, mas não repara a perda do "direito histórico" de
manter pais e mães no plano de saúde. Segundo a federação, o maior
avanço foi a mobilização da categoria.
Os
Correios informaram que vão cumprir a decisão, mas alertaram para a
"delicada situação financeira da empresa". Segundo a estatal, o prejuízo
acumulado é de R$ 3 bilhões, e os gastos com pessoal estão em 62% dos
dispêndios anuais.
"As condições econômicas da
estatal foram, inclusive, contempladas no parecer divulgado pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT) no último dia 30. Em sua avaliação
sobre as cláusulas do acordo coletivo de trabalho da empresa, o órgão
considerou que algumas delas têm percentuais acima do mínimo previsto
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)", disse a estatal.
No
dia 18 de setembro, os funcionários da estatal encerraram a
paralisação, que foi realizada de 11 a 18 de setembro. Durante o
período, um plano de continuidade de negócios foi montado pela empresa, e
as postagens e entregas de correspondências e de encomendas Sedex e PAC
continuam sendo feitas em todos os municípios. No entanto, os serviços
com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje) foram suspensos.
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