José Cruz/Agência Brasil. Fonte DP.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (8) que há a
possibilidade de que o derramamento de óleo em praias do Nordeste tenha
sido criminoso. Ele, no entanto, ponderou que as investigações ainda
estão em curso e evitou comentar sobre o envolvimento de outros países.
"Não
quero gerar um problema com outros países. (...) É um volume que não
está sendo constante. Se fosse um navio que tivesse afundado, estaria
saindo ainda óleo. Parece que criminosamente algo foi despejado lá",
disse Bolsonaro nesta manhã ao deixar o Palácio da Alvorada em direção
ao Palácio do Planalto.
O presidente afirmou
que não há prazo para o fim das investigações e apontou dificuldades
para se chegar a conclusões. "A densidade é um piche, um pouco maior que
a densidade da água salgada. Então, não fica na superfície. Ele fica
submerso. Esse é outro problema que estamos enfrentando lá" disse.
O
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhou Bolsonaro na
saída do Alvorada. Salles afirmou que o fluxo de óleo está em um
movimento constante de ser levado para a costa e depois para o mar, o
que dificulta o recolhimento do material. "Nosso papel é agir rápido
como tem sido feito para retirar o que está em solo, mas também
aprofundar a investigação para descobrir a origem", disse Salles.
Na
segunda-feira (7) o ministro havia afirmado que mais de 100 toneladas
de borra de petróleo já tinham sido recolhidas nas praias do Nordeste - a
maior parte (cerca de 58 toneladas) no Estado de Sergipe. Manchas de
óleo, ainda de origem desconhecida já foram identificadas em pelo menos
133 pontos do litoral desde o começo de setembro, em 68 cidades dos nove
Estados do Nordeste.
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