Foto: Divulgação / Agência Nacional de Turismo da Itália.
O governo da região de Molise, no sul da Itália, anunciou que oferecerá
700 euros mensais (R$ 3.126), durante três anos, para pessoas que
queiram se mudar para pequenas cidades que sofreram com a perda de
moradores nos últimos anos.
No entanto, há uma contrapartida: será preciso abrir um negócio local.
"Queremos
que as pessoas invistam aqui. Elas podem abrir qualquer tipo de
atividade: uma padaria, uma papelaria, um restaurante. É uma forma de
soprar vida nas nossas cidades enquanto também aumentamos a população",
disse Donato Toma, presidente da região de Molise, ao jornal inglês The
Guardian.
O plano atenderá a cidades da região
com menos de 2.000 habitantes. Os municípios também receberão dinheiro
para melhorar sua infraestrutura e realizar atividades culturais.
Molise tem, ao todo, cerca de 305 mil moradores. Como comparação, tem tanta gente quanto o distrito da Lapa, em São Paulo.
A
região perdeu 9.000 moradores desde 2014. Ao norte de Nápoles, Molise
tem área de 4.438 km², número que a do Distrito Federal do Brasil (5.802
km²).
O edital com as regras para pleitear o
benefício ainda será divulgado. Não foi informado se pessoas de outras
nacionalidades, como brasileiros, poderão se candidatar.
A
Itália tem atualmente menos de 55 milhões de habitantes, número mais
baixo em 90 anos. A população encolhe porque nascem poucos bebês no país
e muitos jovens vão para o exterior em busca de salários melhores.
Para
atrair moradores, algumas cidades passaram a revender casas abandonadas
por valores simbólicos, como 1 euro (R$ 4,47), para quem quiser ir
morar nelas. Outras liberaram alguns desses imóveis para abrigar
imigrantes vindos da África.
"Nós focamos em
muitos molisenses que vivem fora da região e pretendem retornar à sua
terra e também em não-molisenses que desejam desfrutar da tranquilidade e
da saúde do nosso território", disse Antonio Tedeschi, conselheiro da
região, em uma rede social.
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