Foto: Arquivo/Agência Brasil.
Sem CPMF na Reforma Tributária. O imposto, também
conhecido como Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou
Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira,
ficará de fora proposta de emenda constitucional que vai mudar o sistema
tributário brasileiro. Isso foi o que disse o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), em visita a São Paulo (SP), nesta segunda-feira
(12).
O parlamentar se manifestou em um evento
do banco Santander e garantiu que o clima na Casa é favorável, que, da
mesma forma que ocorreu na reforma da Previdência, será necessário
debater a inclusão de estados e municípios no texto e que a volta do
velho imposto não está prevista. Nas palavras de Maia, isso não deve
ocorrer “em hipótese alguma”, o que estaria inclusive, acertado, com a
equipe econômica de Jair Bolsonaro, sem conflitos.
Ainda
lembrando da reforma da Previdência, que começou a tramitar no Senado
na última quarta, Maia destacou que o texto da PEC 6/2019 sofreu
modificações e passou mais palatável, mas foi duro a toda a sociedade.
"Ninguém ficou satisfeito", afirmou. "Na tributária, são outros atores",
destacou, afirmando que algumas empresas que pagam menos impostos,
pagarão mais, e outras, que pagam mais, pagarão menos.
"A
ação do setor privado (sobre o Congresso), acho que não tem mais a
mesma força que no passado. Hoje, a relação do setor público com o
privado é mais distante. A entrada do financiamento público também ajuda
a tomarmos uma decisão de forma mais independente. Outros países com
sistema tributário mais difícil que o nosso conseguiram, nós vamos
conseguir. A única certeza é que não vamos retomar a CPMF em hipótese
nenhuma", garantiu.
O presidente da Câmara
também falou de possíveis efeitos em setores industriais do país. "Zona
Franca, não dá pra acabar, mas não dá pra ter a mesma estrutura. A gente
vai dialogando", afirmou.
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