Foto: Reprodução/Twitter.
A ministra do Meio Ambiente alemã, Svenja Schulze,
confirmou, nesta segunda-feira (12), que o país europeu decidiu mesmo
cancelar investimentos de aproximadamente R$ 155 milhões para a
preservação da floresta amazônica. Segundo ela, declarações recentes do
presidente Jair Bolsonaro "mostram que estamos fazendo exatamente a
coisa certa".
De
acordo com a ministra, o diálogo continuará aberto, mas, para que a
ajuda seja retomada, o Brasil precisa mostrar que está, de fato,
reduzindo o desmatamento. "Apoiamos a região amazônica para que haja
muito menos desmatamento. Se o presidente não quer isso no momento,
então precisamos conversar. Eu não posso simplesmente ficar dando
dinheiro enquanto continuam desmatando", afirmou Schulze à Deutsche
Welle, emissora pública internacional da Alemanha.
A
porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, também se
pronunciou sobre o tema e afirmou que a conservação da Amazônia é "um
assunto da humanidade", com importância para todos. "Isso é o que nós
defendemos politicamente", disse.
Os cortes anunciados
No
sábado (10), em entrevista ao jornal alemão Tagesspiegel, a ministra
adiantou a intenção de suspender o repasse de 35 milhões de euros, o
equivalente a R$ 155 milhões. A verba era destinada à proteção e
preservação da Amazônia. A decisão teria sido tomada devido aos dados
divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), que
mostram um crescente desmatamento na região.
Lopo
após o anúncio, Bolsonaro afirmou que o Brasil não precisa de dinheiro
alemão para preservar a floresta e que o país europeu estava tentando
“comprar” a Amazônia brasileira.
Além desse
dinheiro que será cortado, a Alemanha também contribui com o Fundo
Amazônia, o maior projeto de cooperação internacional para preservação
da área florestal, de cerca de 4,1 milhões de quilômetros quadrados
(km²), que não será afetado pela medida. Desde 2008, foram
disponibilizados 95 milhões de euros, cerca de R$ 425 milhões.
O
Fundo Amazônia tem um volume total de quase 800 milhões de euros (por
volta de 3,5 bilhões de reais), a maior parcela é financiada pela
Noruega.
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