Fonte: Agência Brasil
O consumidor de gás liquefeito de petróleo (GLP), que é o gás de
cozinha, poderá encher o botijão de forma parcial, sem ser obrigado a
comprar ele cheio, como ocorre hoje. Essa é uma das medidas que podem
ser implementadas pelo governo nos próximos meses dentro da política de
abertura do mercado de gás natural no país. A informação foi dada pelo
diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), Décio Odoni, em cerimônia no Palácio do Planalto
para o lançamento do programa Novo Mercado de Gás.
"Atualmente, não é possível comprar um botijão parcialmente cheio,
prática que equivaleria ao motorista ser obrigado a encher todo o tanque
do carro. Isso impacta particularmente as famílias de baixa renda, que
chegam ao final do mês sem recursos para comprar um botijão completo.
Assim, uma dona de casa pode ser levada a migrar para o carvão, a lenha e
o álcool, correndo riscos e criando implicações para a saúde pública.
Acidentes dessa natureza são frequentemente noticiados. A permissão do
enchimento fracionado e a venda de botijões parcialmente cheios são
analisadas", disse Odoni, em discurso.
Novas
regras para o GLP devem ser discutidas pelo Conselho Nacional de
Política Energética (CNPE) em uma reunião prevista para o final de
agosto. "Acreditamos que poderemos votar uma resolução na reunião que
está prevista para o final de agosto, mas os técnicos ainda estão
estudando. E nós acreditamos que não só a redução do preço do GLP deverá
ocorrer a curto e médio prazo, mas também novos processos para esse
mercado, que foi citado pelo diretor-geral da Agência Nacional de
Petróleo, de a pessoa poder fracionar, encher o botijão de gás com
aquilo que lhe é conveniente", disse o ministro de Minas e Energia,
Bento Albuquerque.
Além do fracionamento do gás
de cozinha, o governo quer permitir o enchimento do mesmo botijão por
diferentes marcas, o que é proibido. "Mesmo em condições seguras, não é
permitido o engarrafamento de botijões de uma marca distinta da
estampada no vasilhame. A troca dos botijões entre as distribuidoras
gera custos adicionais de logística. Está em estudo a liberação do
botijão sem marca e o enchimento de vasilhames de outras marcas",
revelou Décio Odoni.
Outra mudança pode ser a
opção de o consumidor levar o botijão de gás vazio diretamente para
locais de enchimento, sem precisar devolver o vasilhame e pagar pelo
volume residual que permanece no recipiente ao final do uso.
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