Presidente da CEF diz que cadastro positivo deve favorecer quem não tem renda comprovada a financiar imóvel.
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta sexta-feira (14) nova redução
das taxas de juros do financiamento de imóveis pelo sistema SFI, para
imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão. Com a redução, a taxa mínima de
juros passa de 9,5% para 8,75%, e se iguala à taxa em vigor desde o mês passado para os financiamentos pelo sistema SFH. As novas taxas entram em vigor em 24 de setembro.
O SFH (Sistema Financeiro da Habitação) utiliza recursos da poupança
para oferecer crédito imobiliário para a compra de imóveis de até R$ 950
mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, e de
até 800 mil nos demais estados (este valor subirá para R$ 1,5 milhão em todo o país a partir de 2019),
e permite ao mutuário utilizar os recursos do FGTS no financiamento. O
SFI está fora desse sistema, e permite financiar imóveis de maior valor.
Segundo o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, a partir de
novembro será oferecido um novo serviço de avaliações de imóveis,
disponibilizando laudo diretamente para pessoas físicas e jurídicas.
Taxas mínimas de juros da Caixa para casa própria
Linha de crédito | Anterior | NOVA |
Sistema Financeiro de Habitação (SFH) | a partir de 9,5% ao ano +TR | a partir de 8,75% ao ano +TR |
Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) | a partir de 8,75% ao ano + TR | inalterada |
Linha pró-cotista FGTS | a partir de 7,85% ao ano + TR | inalterada |
Na avaliação dele, a perspectiva para 2019 é "muito boa", considerando a
captação líquida positiva da caderneta de poupança e a expectativa de
introdução da Letra Imobiliária Garantida (LIG), que será uma fonte de
recursos complementar para o financiamento imobiliário no país.
Outro fator que deve favorecer o setor, segundo o presidente da Caixa, é
a aprovação do cadastro positivo, que deve adicionar clientes ao
mercado de crédito imobiliário. "Vai aumentar a base do crédito em 1
trilhão (de reais) e trazer esse cliente que não tem renda comprovada e
está fora do mercado", disse Souza.
A mudança da taxa ocorre após a Caixa ter reduzido as taxas em abril deste ano pela primeira vez em 17 meses,
seguindo o movimento iniciado por outros bancos. Na ocasião, o banco
também elevou o limite de financiamento de imóveis usados de 50% para
70%.
O Bradesco também trabalha com um cenário positivo em seu orçamento do
próximo ano, independentemente do resultado das eleições presidenciais
de outubro, disse o presidente do banco, Octavio de Lazari Junior,
também presente no evento.
"Colocamos em nossos modelos um crescimento estável de 2 a 3 por
cento... A partir do ano que vem a pauta está dada, vejo consistência em
candidatos falando as mesmas coisas, uns mais intensos e outros menos.
Mas não me parece que vamos fugir da reforma da previdência".
Fonte G1
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