Segundo Marcos Barretto, desde o final do ano passado, por exemplo, 60% dos pacientes internados na unidade sofreram acidentes desse tipo. Desde então, o quadro vem se agravando e a preocupação maior é a mudança das etiologias com o início do período de festas juninas e a copa do mundo de futebol. “Tratamos, em média, 50 pacientes vítimas de fogos ou fogueiras nos últimos dois anos no período junino. Desses, pelo menos a metade fica internada, e muitos mutilados ficam em torno de três meses internados”, constata.
Uma das vítimas, Joacyra Chagas, 46 anos, usou o álcool pela primeira vez para fazer o café da manhã, já que não tinha gás. O resultado foi uma queimadura grave no rosto. "Fui comprar o gás e não tinha, quando encontrei, ele custava R$ 180, muito caro. Aí passei a usar o álcool e pensei que o fogo estava apagado e fui botar mais combustível. Aí incendiou tudo, pegou fogo na garrafa de álcool e explodiu", revelou. O marido dela também acabou se queimando, na tentativa de ajudá-la. "Ele acordou com meus gritos. Se abraçou comigo para apagar o fogo. Se queimou também, mas menos que eu e está também internado aqui na Enfermaria Masculina”, lamentou.
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