O gabinete de ministros que monitora a greve dos caminhoneiros voltou a se reunir, na manhã de hoje, no Palácio do Planalto. Segundo o Portal G1, a prioridade do governo federal é normalizar o abastecimento de combustíveis, alimentos e medicamentos no país.
O presidente Michel Temer não acompanhou a reunião da manhã desta terça. Ele viajou para São Paulo, onde participou da abertura de um fórum de investimentos. A previsão é que Temer retorne à tarde para Brasília.
De acordo com a assessoria do Planalto, nove ministros participaram da reunião, entre os quais: Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Segurança Pública), Sergio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Joaquim Silva e Luna (Defesa).
O grupo de ministros tem se reunido duas vezes por dia para avaliar os reflexos da paralisação dos caminhoneiros. Entre as reivindicações dos grevistas está a redução no preço do óleo diesel. No domingo (27), o governo anunciou diminuição de R$ 0,46 no preço do litro do combustível. Desde esse dia, entidades que representam os caminhoneiros disseram que a greve terminaria, mas alguns grupos permanecem parados nas estradas.
A greve afetou o funcionamento de hospitais, reduziu a circulação de ônibus, provocou filas em postos de combustíveis e supermercados, paralisou indústrias, prejudicou a movimentação de cargas em portos e levou ao cancelamento de voos em diferentes aeroportos do país.
O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral, afirmou que o abastecimento de combustíveis apresentou melhoras, mas a situação deve levar ao menos uma semana voltar ao normal.
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), que participa das reuniões do gabinete, afirmou que as negociações com as lideranças dos caminhoneiros foram encerradas. A expectativa é de que a greve tenha fim e o transporte de cargas seja retomado.
Padilha também declarou que o setor de inteligência do governo identificou a presença de “infiltrados” com interesses políticos no movimento dos caminhoneiros.
O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou que há “intervencionistas” nas manifestações, que impedem os caminhoneiros de voltar ao trabalho. Os "intervencionistas", segundo ele, "querem derrubar o governo".
Além de negociar acordos com representantes da categoria, Temer acionou as Forças Armadas para desobstruir rodovias. Em outra ação, a Polícia Federal abriu 48 inquéritos em 25 estados para apurar a suspeita de locaute na greve.
A prática consiste em patrões impedirem os trabalhadores de exercer a atividade, o que é proibido. Com a abertura dos inquéritos, a PF começou a ouvir representantes de associações que representam caminhoneiros e empresários.
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