Agora que você não tem o titular candidato, todo mundo acha que é a sua vez', afirmou o tucano.
O tucano disse que a multiplicidade de candidaturas nesta eleição se deve também ao fato de o titular não ser candidato.
“Sempre o incumbente é o favorito”, disse. “Até a Dilma foi reeleita, você vê que vantagem impressionante [que é disputar já no cargo]”, disse, para risos da plateia.
“Quando o titular é candidato, ninguém quer desafiá-lo. Agora que você não tem o titular candidato, todo mundo acha que é a sua vez, ‘tenho chance’”, afirmou o tucano.
O presidente disse nesta quinta que ainda está refletindo se disputará, mas o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) se movimenta para viabilizar sua própria candidatura.
Sua vantagem é que ele está disposto a arcar com a campanha, liberando os recursos partidários para outros candidatos. Com isso Meirelles recolhe simpatia de deputados federais do MDB.
A fala de Alckmin vem em momento de novo afastamento entre ele e Temer, depois de um ensaio de aproximação. Há alguns dias, os dois se falaram por telefone e ficaram de conversar pessoalmente, mas Temer reclamou da forma como ele foi citado por tucanos ligados a Alckmin.
O ex-governador de São Paulo, que patina nas pesquisas de intenção de voto e teve a rejeição ampliada, segundo levantamento da CNT, pediu aos estudantes que não se impressionem com isso. Argumentou que a população não está ainda antenada nas eleições.
“Posso errar, mas tenho convicção de que vamos estar no segundo turno”, disse.
Questionado por jornalistas ao final da palestra, Alckmin disse que Temer não foi eleito, “então é claro que tem mais dificuldade. Tanto é que o doutor Meirelles é que está mais candidato e tal”.
O tucano disse que Temer “até pode ser” candidato.
Sobre a inclusão de João Doria em pesquisas de intenção de voto para presidente, Alckmin disse que “não tem nenhuma preocupação”.
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