EX PREFEITO DO RECIFE, JOÃO PAULO É CONDENADO POR CRIME CONTRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM 2ª INSTÂNCIA.
De acordo com a decisão do TJPE, João Paulo também perdeu direitos políticos.
A Justiça de Pernambuco decidiu, nesta quarta (14), manter a condenação do ex-prefeito João Paulo Lima e Silva (PT) no caso da contratação da Fundação de Empreendimentos Científicos em Tecnologia (Finatec), para prestação de serviço com dispensa de licitação, entre os anos de 2002 e 2004. Cabe recurso.
A condenação também determina a perda dos direitos políticos e se estende a Lygia Maria Veras Falcão e José Hermes de Araújo Filho. Segundo o TJPE, a dispensa de licitação para a contratação da empresa está em desacordo com o artigo 89 da Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
Diante da decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de
Pernambuco, foi mantida a pena de três anos e três meses de detenção,
substituída por duas penas restritivas de direitos a serem designadas
pelo Juízo da Vara de Execução de Penas Alternativas.
Na época, Lygia Maria Veras Falcão era chefe de gabinete do político.
Segundo a denúncia, os acusados dispensaram procedimentos licitatórios.
Entre os anos de 2002 a 2004, a Prefeitura do Recife contratou a
Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) para
realizar consultoria e implantar a modernização em 15 secretarias.
Na decisão desta quarta, ainda foram determinadas multas nos valores de
R$ 120.223,46 para João Paulo Lima e Silva e Lygia Maria Veras Falcão,cada um; e R$ 71.647,46 para José Hermes de Araújo Filho.
Para o atual vice-prefeito Luciano Siqueira, na época vice-prefeito do
Recife, e para Roberval Rodopiano de Oliveira, houve prescrição e foi
extinta a punição.
Denúncia
Segundo a denúncia, o primeiro contrato foi de R$ 4,2 milhões, pelo
período de 12 meses. Um dos assessores, que era diretor de Administração
Setorial do Gabinete, foi responsável por conceder parecer favorável à
dispensa de licitação. Em seguida, a ex-chefe de gabinete teria
encaminhado a proposta e determinado o bloqueio dos saldos para a
emissão de empenhos.
Em 2003, o ex-prefeito teria prorrogado por mais doze meses o contrato com a Finatec ao assinar um termo aditivo. Já em 2004, ele teria assinado outro contrato, dessa vez no valor de R$ 6,4 milhões e aditivo de R$ 4,8 milhões.
A prefeitura teria pedido outras propostas a fundações como a Fubra, a
Fade e a Fepad. Porém, a falta de detalhes teria impossibilitado a
comparação de preços. Nesta mesma época, um segundo assessor teria
homologado uma nova dispensa.
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