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Sessenta anos depois... 'De tudo que há no mundo tem na Feira de Caruaru'.


Há 60 anos a música "A Feira de Caruaru" passava por sua gravação mais conhecida, na voz de Luiz Gonzaga, registrando em cada verso as iguarias encontradas na cidade naquela época. A variedade dos produtos chamou a atenção do compositor Onildo Almeida, de 89 anos, e ainda é uma característica marcante da feira.
De frutas a verduras, de flores até o famoso pastel com caldo de cana, a feira segue sendo pivô da economia caruaruense e sustento para muitas famílias, como é o caso do feirante Roberto da Costa, de 59 anos, que trabalha vendendo carne no local há mais de 20 anos. "Tudo da minha família vem daqui. Eu faço o que gosto, só sei fazer isso. Quando a gente faz o que gosta sente orgulho. Essa é minha segunda casa, daqui levo sustento para a primeira", disse.
A variedade contada há 60 anos ainda é destaque e muitos produtos continuam ganhando o papel de protagonistas pelos bancos da Feira de Caruaru. Hoje, em meio as ervas vendidas na feira também é possível encontrar uma farmácia. Ao lado das frutas, é possível encontrar produtos industrializados. Ao lado das carnes, tem um pequeno banco com roupas sendo vendidas.
A maçã da letra de Onildo pode ser encontrada hoje por R$ 3, o queijo por R$ 16, a batata por R$ 5 (três unidades).
Ir a feira é motivo de tradição para muitas pessoas, mesmo com a existência de vários mercados na cidade, como é o caso da dona de casa Maria Helena, de 68 anos, que mora em Caruaru há 45 e viu muitas mudanças. “Os produtos da feira são melhores, tem mais variedade. A feira continua boa, não senti muito a diferença. Vou sempre que posso, moro perto, os produtos são frescos, já tenho os feirantes de confiança”, explicou.

São várias feiras dentro uma só, como relata Onildo Almeida na letra da música. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esse foi um dos critérios para aprovação do local como Patrimônio Imaterial Brasileiro, em 2006. O Iphan também considerou "a Feira de Caruaru um lugar de memória e de continuidade de saberes, fazeres, produtos e expressões artísticas tradicionais". De acordo com dados da Prefeitura, a Feira Livre conta com 2.962 feirantes cadastrados e reunindo todas as feiras da cidade, a arrecadação pode chegar a R$ 1 milhão.
O começo de tudo
A Feira de Caruaru tem ligação fundamental com o nascimento da cidade. Segundo o historiador Walmiré Dimeron, as histórias se confundem. "A feira é mais antiga que a própria cidade, tem mais de 200 anos. Ela começou ainda na época da fazenda, no entorno da capela de Nossa Senhora da Conceição. Os agricultores traziam os produtos nos dias de missa para a troca", explica.


Walmiré também lembra que a feira é a principal representação cultural de Caruaru. "Ela é a mãe de tudo, o São João nasceu dentro da feira, Vitalino e toda a arte figurativa se projetou dentro da feira, ela é a maior identidade cultural", explicou o historiador.
Ainda segundo Walmiré, o Iphan hoje está em processo de estudos para saber se a Feira de Caruaru continua com as características que a transformaram em patrimônio cultural do Brasil.
"Lamento realmente que a gente não tenha aproveitado esse título. Hoje a feira tem muitos problemas, parece uma cidade dentro de outra cidade. Temos problemas de estrutura, limpeza, violência, isso faz com que a feira perca folêgo. Mas continua sendo o que temos de mais importante em Caruaru", comentou.


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