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HOMEM QUE PERDEU MULHER E FILHO EM BATIDA NA TAMARINEIRA SONHA EM OUVIR FILHA VOLTAR A DIZER 'PAPAI'

Miguel pretende levar Marcela para fazer um tratamento na Espanha 
 Foto: Reprodução.
Atualmente, eles lutam para viver com a perda e superar as sequelas que a batida deixou. Marcelinha, primeira filha do advogado, teve traumatismo cranioencefálico e passou por dezenas de terapias, em dois anos. Segundo Miguel, seu maior objetivo é que Marcela volte a falar.

"Minha esperança maior é que ela volte a dizer 'papai'. Enquanto ela não conseguir isso de volta, meu sono nunca vai ser tranquilo", afirmou.

Atualmente, ela fica em pé apenas com a ajuda de equipamentos e, em 2020, os dois se preparam para uma novo tratamento na Espanha, que pode mudar a vida da família.
A batida ocorreu no cruzamento entre a Rua Cônego Barata e a Avenida Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife. O semáforo estava aberto para o carro onde estava a família e fechado para o carro que surgiu de repente, a 108 quilômetros por hora.
O acidente foi causado pelo universitário João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos. Ele estava bêbado e, por isso, está preso no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Casal estava com os dois filhos e a babá no veículo que foi atingido, na Zona Norte do Recife 
 Foto: Arquivo Pessoal 

A batida foi filmada por câmeras de segurança. Segundo o advogado, ele sequer se deu conta da gravidade do que ocorreu em fração de segundos, no momento da batida.
"Como o carro era blindado, tiveram dificuldade de tirar o vidro da frente pra eu poder sair. Eu estava atordoado, não sabia o que tinha acontecido", contou.
A casa da família está do mesmo jeito que Miguel deixou quando saiu de casa pela última vez, antes do acidente. As roupas do filho e da esposa, por ele chamada de melhor amiga, foram doadas.
"É quase uma amputação. É você perder quase que um braço, porque esse menino vivia no meu braço, vivia no meu colo. Eu senti a falta do peso de Miguel na minha perna", disse o advogado sobre a morte do caçula, que levava seu nome.
Filho caçula de Miguel levava seu nome. O menino faleceu no mesmo acidente que a mãe e a babá 
 Foto: Reprodução.

Sobre a filha, apesar das dificuldades diárias, Miguel disse ter muito a comemorar. A evolução da garota, que tão cedo teve que passar por tantos problemas, é notada a cada dia.
"Essa menina, há um ano, não segurava a cabeça. Hoje a gente vê que ela consegue ficar em pé e fazer muitas coisas que a gente sequer pensava que ela conseguiria", afirmou Miguel.

A expectativa para o novo ano é o aperfeiçoamento dessa recuperação. Para isso, ambos viajam no dia 28 de janeiro para realizar um tratamento experimental na Espanha. A expectativa é que a autonomia da filha aumente e, consequentemente, a parte cognitiva tenha reflexos positivos.  

 "A gente vai fazer um tratamento à base de hormônio de crescimento e célula tronco. Como isso ainda não está catalogado, aprovado pela medicina, obviamente que os médicos não seguem esse protocolo ainda, mas o tratamento é basicamente acelerar essa reprodução de células neurológicas para que ela possa ter uma condição melhor de desenvolvimento", disse.
"É isso que a gente pede, que Marcela se recupere. Afinal das contas, é o que me restou", declarou Miguel.
Segundo o advogado, muita gente pergunta de onde ele tirou tanta força para tocar a vida, após a brusca perda de pessoas tão importantes, mas ele nunca soube dizer.
"A força que eu tenho é Marcela, é de não poder ter a chance de sequer pensar em desistir. O que me move mais e que me dá mais força de fazer tudo isso que eu venho fazendo é tentar dar o máximo de mim para ela. Eu sei que ela dá o máximo dela para todos nós. Então, o motivo maior é Marcela", disse. 

Miguel e Marcela moram na mesma casa onde residiam antes do acidente. Agora, adaptada para as necessidades da filha 
Foto: Reprodução.

Quanto aos objetivos individuais, Miguel disse que ainda é difícil pensar no próprio futuro: "Esse é o meu maior problema interno. Eu acho que diminuí mais de 90% [no trabalho]. Nesse segundo ano eu consegui fazer alguma coisa. No primeiro, nada", afirmou.
Apesar das incertezas, o pai disse que convive com a certeza de que a filha vai vencer os obstáculos e que os dois vão retomar ao menos um pouco da rotina que tinham antes da batida.
"O silêncio era a confirmação de que ela ia ter sequelas, de que ela não ia falar, que ela não ia ter cognição e ia ficar prejudicada. Mas a gente nunca vai desistir, né, meu amor? Nunca! papai tem o resto da vida para cuidar de você", disse, emocionado. 

Mesmo com planos de sair do Brasil, Miguel quer acompanhar o julgamento do homem que causou o acidente contra sua família. "Se botar na minha frente, não sei quem é", disse.
O advogado contou que não sente raiva do rapaz, mas espera justiça.
"Não tem espaço para isso. Meu coração é muita saudade, muito amor que eu tenho por Marcela. Eu simplesmente ignoro. Acho que esse julgamento vai fazer um bem para a sociedade. Espero que seja condenado e que ele pague pelo crime que cometeu", afirmou.
De acordo com Miguel, sua presença no tribunal vai além de um senso punitivo, mas uma forma de conscientização pelo que aconteceu.
"Eu preciso estar aqui e gostaria muito que Marcela também estivesse presente. Não para que o julgamento fosse comovido de uma forma a impactar a pena a ser imposta por esse tipo de crime, mas principalmente para mostrar a toda a sociedade e que não vale a pena você beber e dirigir. Não vale a pena você arriscar", afirmou. 







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