Doleiro foi preso em uma prédio residencial na zona oeste de SP Reprodução.
Ele é apontado como o
"doleiro dos doleiros", segundo investigações da Polícia Federal e
estava foragido há 1 ano e dois meses.
Messer estava foragido desde 3 de maio de 2018, quando teve sua prisão decretada após a operação ser deflagrada, e foi preso por agentes federais por volta das 16h30 no bairro dos Jardins, zona oeste de São Paulo.
A operação mirava um "grandioso esquema" de movimentação de recursos
ilícitos no Brasil e no exterior por meio de operações dólar, entregas
de dinheiro em espécie, pagamentos de boletos e compra e venda de
cheques de comerciantes.
Na época, a delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca
Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, contribuíram nas
investigações, que tinham como principal alvo Dario Messer, apontado
como controlador de um banco em Antígua e Barbuda com 429 clientes, até
meados de 2013. Ele era citado pelas delações de Juca e Tony.
Cerco fechado
Ainda em julho, a Polícia Federal prendeu um dos principais homens de confiança de Messer, Mario Libmann. Ele e seu filho, Rafael, são suspeitos de suposta lavagem de dinheiro em benefício de Messer. Somente Rafael tem 18 apartamentos de luxo, segundo o Ministério Público Federal.
A Procuradoria da República no Rio "assinala que foram adquiridos
imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo por Rafael Libman e Denise
Messer, com pagamento em espécie diretamente das contas de Dario
Messer".
Na decisão que decretou a prisão do operador, o juiz federal Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, anotou que, "segundo apurado
pelo MPF, Rafael Libman conta atualmente com dezoito apartamentos em
áreas nobres do RJ e SP, além da fração ideal de dois terrenos para
construção".
"Ao que parece, Rafael investiu na aquisição de bens imóveis com
montante repassado por Dario Messer, configurando prática comum no
delito de lavagem de capital", disse Bretas.Líder da Organização
À época da deflagração da Câmbio, Desligo, a Polícia Federal expandiu as investigações para a atuação de muitos outros doleiros.
A Procuradoria aponta como um "grandioso esquema" de movimentação de recursos ilícitos no Brasil e no exterior por meio de operações dólar-cabo, entregas de dinheiro em espécie, pagamentos de boletos e compra e venda de cheques de comércio.
Em junho de 2018, Messer foi denunciado e apontado como líder da organização criminosa, em uma peça que elenca 62 acusados.
"O denunciado Dario Messer era líder da organização criminosa. Ele criou uma rede de lavagem de dinheiro, essencial para a prática de crimes como corrupção, sonegação tributária e evasão de divisas. Era sócio capitalista do 'negócio', no qual angariava 60% dos lucros, e ainda financiava o sistema, aportando nele recursos próprios", afirma o Ministério Público Federal.
Umas das formas que Operação
Lava Jato tem para recuperar o dinheiro desviado da Petrobras é leiloando os
bens dos réus.
Imóveis, automóveis, lancha,
relógios e até mesmo vinho já foram a leilão. Os recursos arrecadados com a venda dos bens são depositados em uma
conta judicial e podem retornar aos cofres da Petrobras
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