Postado em 21/11/22
No entanto, se olharmos para o Qatar como Estado, veremos um país mulçumano que segrega, não respeita por completo as liberdades individuais
Há estudos que comprovam que o petróleo poderá acabar em 2054, se nenhuma outra descoberta petrolífera surgir no mundo. Esse estudo foi feito há mais 30 anos e sob o temor dessa previsão se confirmar, o Qatar se candidatou para sediar a Copa do Mundo de 2022.
A aposta central daquele país do Oriente Médio está no turismo, através da promoção do Qatar para o mundo. E a Copa do Mundo é a vitrine perfeita para isso, uma vez que os olhos do planeta estarão voltados para lá pelas próximas semanas.
No entanto, se olharmos para o Qatar como Estado, veremos um país mulçumano que segrega, não respeita por completo as liberdades individuais, e principalmente, condena e considera como crime a homossexualidade.
Para quem assistiu ao primeiro jogo da Copa, entre Qatar e Equador, pôde ver nitidamente que não havia mulheres entre os torcedores do Qatar. E tudo isso acontecendo diante dos olhos do mundo! Ironicamente, durante a cerimônia de abertura, o tema principal foi a inclusão. Quanta ironia e quanta hipocrisia!
Como se falar de inclusão em um país onde não há mulheres ocupando cargos políticos e onde a supremacia masculina se sobrepõe às minorias!!!! O Qatar não está distante do Irã e não me refiro apenas geograficamente. Os dois países não respeitam os direitos humanos e no caso do Irã, homossexuais são enforcados em praça pública apenas pelo simples fato de serem o que são.
E tudo isso acontece diante dos olhos do mundo! Pasmem! Vale tudo pelo dinheiro e a FIFA faz parte desse balaio de gatos. Uma entidade como a FIFA, que prega a união entre os povos, jamais deveria aceitar candidaturas de países com esse perfil medieval. Isso é uma afronta à humanidade e um total desrespeito aos que lutam incansavelmente pela igualdade entre os povos e pelo respeito aos Direitos Humanos.
A mídia brasileira presente no Qatar, a Rede Globo, está mostrando apenas o lado bonito daquele país e sua cultura milenar. Mas está “esquecendo” de mostrar, por exemplo, a realidade cruel e sub-humana na qual vivem os trabalhadores indianos, que foram contratados para a construção dos estádios para a Copa e os edifícios luxuosos aos quais eles não têm acesso.
Nós queremos, claro, que o Brasil volte campeão do mundo mais uma vez. Futebol à parte, o mundo precisa ficar atento aos lobos em pele de cordeiro e o Qatar, assim como o Irã, está entre esses lobos. Esperemos que realmente o Qatar esteja com reais intenções de mudar a sua imagem perante o mundo e que as mudanças ocorram de fato. “Inxalá!”
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