A gestão do prefeito Padre Joselito entende que a saúde mental deve ser tratada com empatia e dignidade
O respeito ao ser humano existe em Gravatá. Uma das formas de demonstrar isso foi representada pela lembrança do dia 18 de maio, pela Prefeitura do município, quando é comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
Para marcar a data, o Centro de Atenção Psicossocial de Gravatá - CAPS II promoveu o encontro “Cuidado em Liberdade, Democracia, Comida no Prato e Vacina no Braço”.
Estiveram presentes o vice-prefeito, Júnior Darita, e a secretária municipal da Mulher, Ester Gomes.
Na ocasião, houve a exposição “Conexão com o Barro”, que apresentou trabalhos produzidos pelos usuários e teve também a apresentação de um documentário mostrando como foi a criação de cada peça e com relatos emocionantes de alguns desses usuários que são atendidos em Gravatá e dos seus familiares.
Eduardo Henrique, 23 anos, é uma dessas pessoas que são atendidas no CAPS II e ele fala do trabalho da equipe do Centro na vida dele. “Sou usuário do CAPS há quatro anos e acho o atendimento excelente. Se não existisse esse lugar na minha vida, eu não estaria onde estou. Estou conseguindo bater minhas próprias metas, como, por exemplo, voltar a tocar violão, porque, quando eu estou nas crises, antes eu tinha que ser internado, coisa que aconteceu comigo três vezes, e é muito ruim ir pra o lugar onde eu fui. Se eu posso dar uma nota de 0 a 10 ao atendimento do CAPS de Gravatá, sem dúvida eu dou 10”.
A coordenadora do CAPS II, Jane Silva, fala como surgiu a data. “A saúde mental sofreu por muito tempo agressões, discriminações e a luta antimanicomial vem dar o direito do tratamento do sujeito em liberdade. Aqui em Gravatá, a gente está nessa perspectiva, nessa luta, desde o início, de tratar o sujeito como um todo no modelo psicossocial. De nada eu poderia fazer como equipamento se não tivesse gestor que me apoiasse, desde o prefeito, Padre Joselito, até o secretário de Saúde, José Edson, e a ordem é ter cuidado com o povo, com as pessoas com sofrimento mental”.
Júnior Darita fala da sensibilidade da gestão com a causa. “Hoje é o dia da Luta Antimanicomial, esta data que foi instituída há 34 anos e coincide com a redemocratização do país. Naquele momento, com a democracia se estabelecendo, foi criado um novo olhar para o problema dos manicômios e a partir daquele momento foi se revertendo o tratamento, a inclusão social das famílias, pois quando se cuida das famílias, cuida-se das pessoas e eu fico muito feliz de participar de uma comemoração como esta, quando a gente vê o nosso CAPS apresentando os resultados do compromisso de campanha que nós assumimos. O prefeito Padre Joselito e eu, andando, ouvindo as pessoas, tanto que o nosso slogan é justamente o compromisso com as pessoas. Então aqui é um ambiente de acolhimento, de amor, de carinho, de conhecimento, de autoconhecimento e até nós que praticamos as atividades do CAPS nos beneficiamos delas, pois nós aprendemos muito mais do que ensinamos. Nós recebemos muito mais do que damos. Eu fico muito satisfeito de participar disso”.
O Caps II acolhe pessoas que sofrem de transtornos mentais graves e persistentes e/ou com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas. O Centro conta com médico psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social, enfermeira e técnicos de enfermagem. O CAPS II fica na Rua Izaltino Poggi, 33, ao lado do Posto I, no Prado, e funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h.
Reportagem: Ana Paula Figueirêdo
Fotos: Ednaldo Lourenço (SECOM)
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