Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Principal articulador do presidente Jair Bolsonaro no Senado, o senador
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), deixou seu cargo de líder do governo à
disposição depois que foi alvo de uma operação da Polícia Federal na
manhã desta quinta-feira (19).
Bezerra disse que conversou com o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), e com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
"Tomei
a iniciativa de colocar à disposição o cargo de líder do governo para
que o governo possa, ao longo dos próximos dias, fazer uma avaliação se
não seria o momento de proceder uma nova escolha ou não", afirmou.
A
preocupação do presidente do Senado e de demais parlamentares da Casa
se deve ao fato de Bezerra ser um articulador querido e respeitado por
todos os senadores, capaz de estabelecer diálogo inclusive com a
oposição.
A cúpula do Congresso não vê um nome para substituí-lo, caso Bolsonaro resolva tirar o senador do cargo.
Nomes como Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e do líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), são vistos por senadores como inviáveis.
O
primeiro por ser filho do presidente e protagonizar polêmicas que vão
desde investigações a brigas com senadores de seu próprio partido.
Uma
das brigas é justamente com Olímpio, com quem discutiu por causa do
apoio do colega à CPI da Lava Toga, comissão parlamentar de inquérito
que um grupo de senadores tenta instalar desde o início do ano para
investigar integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).
Olímpio
desgastou-se por causa do entrevero e há grandes chances de que ele
deixe o partido e migre para o Podemos, como aconteceu nesta
quarta-feira (18) com a senadora Juíza Selma (MT), com quem Flávio
também brigou.
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