EUA usaram satélites para tirar fotos do complexo industrial militar Brasileiro.
Além de satélites, os papéis mostram que os adidos de defesa e a embaixada americana dispunham de uma rede de informantes que permitiu aos Estados Unidos saber detalhes das negociações secretas entre Brasil e Arábia Saudita e das vendas de blindados e foguetes para o regime de Saddam Hussein, no Iraque, e para a Líbia, governada então por Muamar Kadafi. Os americanos temiam que, por meio dessas vendas, a tecnologia ocidental fosse parar nas mãos da União Soviética. Tinham ainda restrições às entregas a nações hostis aos Estados Unidos, mas também enxergavam uma vantagem: o equipamento brasileiro podia roubar dos russos mercados inacessíveis a Washington.
Produzido pelo Centro Nacional de Interpretação Fotográfica, o relatório com o título Alcance de Mísseis: Instalações Mísseis Estratégicos SSM (Míssil Terra-Terra) lista dez locais de interesse da espionagem americana. O primeiro a ser fotografado foi a Base Aérea de São José dos Campos (SP).
Na mesma cidade, os satélites registraram o Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e a fábrica da Avibrás, que participava dos projetos de foguetes militares. Na vizinha Santa Branca, outra área da Avibrás foi vigiada, assim como em Piquete, uma fábrica de explosivos - os americanos pensavam que ali seria feito o combustível sólido do foguete meteorológico Sonda IV e do VLS (Veículo Lançador de Satélites).
O relatório de novembro de 1982 usa fotos da Base Aérea de Natal e de sua área de lançamento de foguetes e, por fim, do campo de teste de arma do Cachimbo. Os americanos previam que, em 1988, o País teria condições de lançar o VLS - ele só seria lançado em 1997 e seria abandonado após explodir em 2003 na Base Aérea de Alcântara, no Maranhão, deixando 21 mortos.
Os satélites americanos também espionaram a Engesa, maior indústria de armamentos brasileira. Fabricante dos blindados Cascavel e Urutu, a empresa brasileira pretendia produzir o tanque pesado Osório. Em 25 de agosto de 1978, o satélite identificou pela primeira vez na fábrica, em São José dos Campos, oito Urutus e um Cascavel. O Brasil passou a vender esses blindados a países como Líbia, Iraque e Colômbia.
Produzido pelo Centro Nacional de Interpretação Fotográfica, o relatório com o título Alcance de Mísseis: Instalações Mísseis Estratégicos SSM (Míssil Terra-Terra) lista dez locais de interesse da espionagem americana. O primeiro a ser fotografado foi a Base Aérea de São José dos Campos (SP).
Na mesma cidade, os satélites registraram o Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e a fábrica da Avibrás, que participava dos projetos de foguetes militares. Na vizinha Santa Branca, outra área da Avibrás foi vigiada, assim como em Piquete, uma fábrica de explosivos - os americanos pensavam que ali seria feito o combustível sólido do foguete meteorológico Sonda IV e do VLS (Veículo Lançador de Satélites).
O relatório de novembro de 1982 usa fotos da Base Aérea de Natal e de sua área de lançamento de foguetes e, por fim, do campo de teste de arma do Cachimbo. Os americanos previam que, em 1988, o País teria condições de lançar o VLS - ele só seria lançado em 1997 e seria abandonado após explodir em 2003 na Base Aérea de Alcântara, no Maranhão, deixando 21 mortos.
Os satélites americanos também espionaram a Engesa, maior indústria de armamentos brasileira. Fabricante dos blindados Cascavel e Urutu, a empresa brasileira pretendia produzir o tanque pesado Osório. Em 25 de agosto de 1978, o satélite identificou pela primeira vez na fábrica, em São José dos Campos, oito Urutus e um Cascavel. O Brasil passou a vender esses blindados a países como Líbia, Iraque e Colômbia.
Jornal do Brasil
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