SERVIDORA DO INSS FALSIFICAVA VÍNCULOS ENTRE MORTOS E BENEFICIÁRIOS PARA FORJAR PENSÕES EM PERNAMBUCO, DIZ PF.
Documentos apreendidos durante a operação de combate a fraudes no INSS, no Recife (Foto: PF/Divulgação)
A servidora pública investigada pela Polícia Federal (PF) na “Operação Calabarismo”, deflagrada nesta segunda-feira (2) no Grande Recife, é suspeita de falsificar certidões e contratos de união estável entre beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que faleceram para conceder pensões pós-morte irregularmente.
Segundo a corporação, ela inseria dados falsos no sistema de concessão de benefícios do instituto quando verificava que os mortos não tinham dependentes. A polícia ainda não tem o número exato de pessoas que foram beneficiadas pela organização criminosa.
Delegado Orlando Neves integra equipe da Polícia Federal em Pernambuco (Foto: Pedro Alves/G1)
"Os beneficiários sequer conheciam as pessoas de quem ‘herdavam’ os benefícios. No sistema do INSS, quando algum beneficiário morria e não deixava dependentes, a servidora forjava um vínculo, seja de filho ou de companheiro. O mais fácil era falsificar contrato de união estável, por exemplo”, disse Orlando.
Foram emitidos cinco mandados de busca e apreensão e 17 mandados de intimação. A servidora do INSS, lotada na agência do instituto no Pina, na Zona Sul do Recife, havia sido suspensa e, na Operação Calabarismo, foi afastada das atividades e pode ser presa, caso haja comprovação das fraudes ao fim do inquérito policial.
Operação Tabocas
No dia 26 de março, foi deflagrada a “Operação Tabocas”, contra uma servidora do INSS em Vitória de Santo Antão, na Mata Norte do estado, e integrantes de uma quadrilha que agiam de forma parecida com a organização investigada nesta segunda. De acordo com a corporação, a mulher possui imóveis em nomes de filhos e parentes, com uma renda que não condiz com o patrimônio.
Segundo o delegado Renato Madsen, da Delegacia Regional de Investigação ao Crime Organizado, a quadrilha investigada atuava em três instâncias. A primeira era por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsáveis por inserir dados falsos para concessão dos benefícios.
A segunda instância se dava por intermediários, que levantavam os dados e mediavam o contato entre os servidores e os beneficiários e, por fim, os próprios beneficiários, que davam parte do valor concedido à organização criminosa.
No dia 26 de março, foi deflagrada a “Operação Tabocas”, contra uma servidora do INSS em Vitória de Santo Antão, na Mata Norte do estado, e integrantes de uma quadrilha que agiam de forma parecida com a organização investigada nesta segunda. De acordo com a corporação, a mulher possui imóveis em nomes de filhos e parentes, com uma renda que não condiz com o patrimônio.
Segundo o delegado Renato Madsen, da Delegacia Regional de Investigação ao Crime Organizado, a quadrilha investigada atuava em três instâncias. A primeira era por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsáveis por inserir dados falsos para concessão dos benefícios.
A segunda instância se dava por intermediários, que levantavam os dados e mediavam o contato entre os servidores e os beneficiários e, por fim, os próprios beneficiários, que davam parte do valor concedido à organização criminosa.
Comentários
Postar um comentário